Ana Paula (Sombrio, mas só no sobrenome). 18 anos. Gaúcha. Virginiana.
Poderia ter usado mais frases curtas e palavras diretas, mas com elas não poderia continuar.

Pois em frases curtas e palavras direitas seria impossível, por exemplo, explicar como a Ana é uma leitora complicada, de gostos que não se batem. Que lê romances, dos mais simples aos mais complexos, e nada tem contra o nerd que se apaixonou pela popular. Como também adora um mistério, o suspense com a trilha sonora tensa tocando, enquanto ele lentamente estica a mão até a maçaneta, e os terrores psicológicos. Histórias nas quais se perde, e que se enrolam e embolam, sobem e descem até que a trama seja complexa e intrigante. Histórias pensativas que a fazem pensar, dignas do existencialismo. Histórias com mensagens para serem compreendidas, lições a serem ensinadas. Histórias para se ler tomando uma xícara de chocolate quente (não café, nunca café), ao lado da janela ou no banco do ônibus.

Em frases curtas e palavras diretas você não compreenderia como ela escreve com um proposito e tem um propósito sempre ao escrever. Talvez até mesmo se enganasse, e por isso digo: não se engane, contudo. Não irá vê-la contando a triste história da pessoa que sofre preconceito e sobre como é triste que ela sofra.

Ana é uma pessoa de atos.

Escreve sobre o negro, o gay, a lésbica, a bi, a trans e quantas mais minorias você
conseguir pensar. (E se você se incomoda, melhor sumir daqui agora). Escreve sobre o dia-a-dia, sobre as dores e sobre as complicações. Escreve sobre os amores e sobre as vitórias, sobre o amanhã que vem depois de hoje e que logo será ontem. Não há maravilha maior do que o aqui e o agora.
Com palavras curtas e frases diretas, só posso dizer isto: A Ana ama a Renata Ventura de montão. E a @nanzcampos.
(e também o Junior, @PessimistaUtopico, o melhor amigo do planeta Terra, que escreveu essa bio como presente de aniversário)
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