Asher1Nicolas

— O que você está fazendo por aqui, garotinho? — perguntou o vaqueiro, segurando pelas rédeas o seu cavalo puto sangue inglês marrom. 
          	— Eu vim passar um tempo com meus avós. — respondeu.
          	— Você me parece não ser daqui. 
          	— Eu sou da cidade.
          	— Ah, então é isso. — fez uma pausa. — Você parece não saber nada do campo, rapaz. Quantos anos tem? 
          	— Eu... eu tenho vinte e um. — respondeu gaguejando.
          	— Ainda é um moleque. — passou por ele. — Sabe ao menos galopar em um cavalo? 
          	— Sei...
          	— Prove.  — entregou as rédeas do cavalo nas mãos dele. 
          	O garoto subiu no cavalo e o vaqueiro percebeu que ele sabia andar com um. 
          	— Hum... nada mau para um garoto da cidade. 
          	— Meus avós me ensinaram. 
          	— Que bom. 
          	Eles se entreolharam, o garoto engoliu em seco antes de descer do animal.
          	— Faz muito tempo que está na casa de seus avós?
          	— Alguns dias. 
          	— Quantos?
          	— Seis. 
          	O vaqueiro fez uma careta entendendo. 
          	— Entendi... bom, foi bom a conversa, mas preciso ir agora. Até um outro dia. 
          	— Até...

Asher1Nicolas

— O que você está fazendo por aqui, garotinho? — perguntou o vaqueiro, segurando pelas rédeas o seu cavalo puto sangue inglês marrom. 
          — Eu vim passar um tempo com meus avós. — respondeu.
          — Você me parece não ser daqui. 
          — Eu sou da cidade.
          — Ah, então é isso. — fez uma pausa. — Você parece não saber nada do campo, rapaz. Quantos anos tem? 
          — Eu... eu tenho vinte e um. — respondeu gaguejando.
          — Ainda é um moleque. — passou por ele. — Sabe ao menos galopar em um cavalo? 
          — Sei...
          — Prove.  — entregou as rédeas do cavalo nas mãos dele. 
          O garoto subiu no cavalo e o vaqueiro percebeu que ele sabia andar com um. 
          — Hum... nada mau para um garoto da cidade. 
          — Meus avós me ensinaram. 
          — Que bom. 
          Eles se entreolharam, o garoto engoliu em seco antes de descer do animal.
          — Faz muito tempo que está na casa de seus avós?
          — Alguns dias. 
          — Quantos?
          — Seis. 
          O vaqueiro fez uma careta entendendo. 
          — Entendi... bom, foi bom a conversa, mas preciso ir agora. Até um outro dia. 
          — Até...

Asher1Nicolas

A esposa entrou no grande salão vestindo seu melhor vestido. 
          — Matias, o que está fazendo? — perguntou a mulher andando pelo espaço olhando para todas aquelas peças. 
          Matias, um homem de cabelos grisalhos parou o que estava fazendo e olhou para sua amada. 
          — Trabalhando. — respondeu curto. — Você sabe com o que eu ocupo meu tempo. — suspirou antes de se inclinar, usando uma asteca para modelar o nariz de sua mais nova obra prima.
          — Mais uma? Você já tem dezenas iguais a essa! — olhou para uma estátua em uma pose sofisticada com o corpo coberto por uma manta finíssima. 
          — É a minha paixão, querida. — respondeu sem tirar os olhos do que estava fazendo.
          — Qual é a sua inspiração? — ela perguntou se virando para ele.
          Ele parou o que estava fazendo, colocando seus instrumentos em uma mesa. Ele tirou os óculos do rosto e se encostou. 
          — Você. — disse com rouquidão. — Seus olhos, sua boca, seus peitos... seu corpo inteiro é a minha inspiração. — sorriu se aproximando dela.
          Piper ficou sem palavras. Seu rosto se tornou em coloração rosada. 
          Matias ergueu uma mão para segurar o rosto dela.
          — Você é a mulher mais perfeita do mundo. Você é minha razão para viver, a razão do por que eu trabalho tanto. Eu dou minha vida por cada estátua sua. 
          — Matias... eu... eu te amo.
          — Eu também te amo. — selou os lábios dela com um beijo profundo.

Asher1Nicolas

— Oh, que circo encantador! — exclamou Meris ao vê a entrada do circo. 
          Muitas crianças acompanhadas de seus pais, os importunando para comprarem pipocas. Meris estaca acompanhada com sua amiga Elise, a garota estava animada. Dava pulos de alegria quando via os homens com a cara pintada e usava roupas engraçadas.
          — Elise, você está agindo como uma criança. — sorriu Meris ao ver a empolgação da companheira. 
          — É sempre muito gratificante ver um circo! — respondeu a garota se aquietando. 
          — Não é sua primeira vez... ou é?
          — Meu pai me levou a muitos circos, mas é sempre mágico ir em um circo novo.
          Meris assentiu solenemente. 
          Ambas entraram e procuraram um bom lugar para se estabelecerem. 
          — Aqui está ótimo, não está? — perguntou Meris.
          — Sim, consigo ver o palco direitinho e nenhuma cabeça está atrapalhando. — brincou Elise. 
          Então o espetáculo começou. Dançarinos vestidos com uma explosão de cores. Usava sininhos em suas roupas e suas caras... bem, pintadas com tinta branca, com desenhos de estrelas e bolinhas nas bochechas. Mas um chamou a atenção de Meris... Um rapaz ele estava vestido de bobo da corte. Um prisma desenhado da cor verde embaixo dos seus olhos. Sua aparência era encantadora. Seus cabelos eram loiros. O bobo da corte sorria para a plateia, os olhos percorrendo cada rosto até parar por coincidência em Meris e em sua amiga. Seu sorriso mudou para um sorriso malicioso. 
          — Bem, bem, bem... o que temos aqui? Uma garota quieta e sua amiga empolgada. — ele pensou. 
          — Ele está olhando para a gente, Meris. — cutucou a amiga.
          Meris ficou envergonhada. 
          — Estou vendo, Elise. — respondeu revirando os olhos.
          — Ele é um gatinho, por que você não...
          — Depois do show, ok? — prometeu Meris. 
          — Garota, você é bem safada, não é?
          — Talvez. — sorriu.
          O bobo da corte viu o sorriso de Meris e sorriu desviando o olhar. 
          — Ele está se fazendo de difícil.
          — Eu vou mudá-lo. — respondeu Meris a sua amiga.

Asher1Nicolas

— Acho que tem algo de errado comigo, Dus.
          — O que está te incomodando?
          — Minha família é muito religiosa e não gosta de ouvir em assuntos LGBT.
          — Ah, entendo. Sabe... minha família é bem de boas quando se trata dessas coisas.
          — Sério? Desculpa a pergunta, mas o que você acha de pessoas gays?
          — Eu tenho amigos que são. E... eu também sou gay.
          Por fora da tela do celular, Andrew sentiu seu coração bater e bombear mais sangue para o resto do corpo ao ler a mensagem.
          — Você... é gay? Minha mãe diz que gays vão para o inferno.
          — Bom, se realmente eu for para o inferno que eu vá sabendo que amei alguém e que fui ignorante ao chamar essa pessoa para passar o resto da vida ao meu lado.
          — Isso foi fofo.
          — E você? Você é gay? 
          — O que? 
          Andrew sentia que seu coração iria saltar pela boca. Ele queria dizer, mandar um áudio e dizer realmente o que ele era. Gay.
          — Não, não sou gay.
          Ao ler a mensagem, ele se sentiu enojado de si mesmo. Mentir daquela forma.
          — Ah, entendo. Eu pensei que você gostava de mim.
          Ao ler a mensagem de Dustin, ele arregalou os olhos e sentiu seu rosto esquentar.
          — Mas eu gosto.
          — Como amigo?
          — Sim.
          Era uma mentira. Ele amava Dustin como algo a mais. Como namorado.
          — Eu ainda acho que vou conseguir quebrar você. Mas no bom sentido.
          — Não fale coisas assim, Dus. Meu Deus!
          — Ficou envergonhado? Desculpa.

Asher1Nicolas

— Você está com algum problema mocinho? — perguntou uma senhora idosa.
          O garoto nem respondeu.
          — Este lugar é para pessoas deficientes, grávidas e idosos. 
          O garoto mostrou sua carteirinha de autista.
          — Esses jovens de hoje agora são tudo autistas!
          O garoto se remexeu desconfortável. 
          — Vamos, ande! Saia e me deixe se sentas.
          O garoto mexeu a cabeça negando.
          — Moleque mau criado! Falta de uma boa surra!
          — Tem outros assentos vazios! — disse o garoto.
          — Mas esse é especialmente para mim!
          — E para mim também! — ele rebateu.
          O garoto se levantou, estava encolhido e segurando as lágrimas. A velha se sentou no lugar dele. 
          — Você consegue passar um bom tempo em pé, já eu não.
          — Minhas pernas doem... — murmurou o garoto.
          — As minhas doem mais! Você ainda é novo.
          O garoto ficou em silêncio.
          — E o que faz usando o transporte sozinho se você precisa tanto de ajuda?
          — Eu estou tentando ser independente. 
          — Isso é só timidez. 
          — Não, você não entende! É horrível! — gritou. 
          Todos do ônibus olhou para eles. 
          — Pare de gritar, seu idiota. Todos estão olhando.
          — A senhora que começou. — ele se afasta e vai para o final do ônibus e desce na primeira parada.

ys_00136

@ Asher1Nicolas  filha da puta, velha vagabunda 
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Asher1Nicolas

Meu nome é Lisa, vim acompanhada da minha família para uma viagem para o mar. Estou dentro do ônibus, mas alguém não sai da minha cabeça: O garoto que conheci lá fora. Ele tem dezessete anos e ele parece bastante interessante. Ele é estranho, quando conversei com ele, parecia que ele queria evitar assunto. 
          
          Me mexi no meu assento e olhei por cima da cadeira, atrás de mim estava o garoto. Decidi tentar conversar com ele e arrancar de uma vez por todas o seu nome. 
          — Olá — disse enquanto olhava para ele. 
          O garoto me olhou, ele estava ocupado mexendo no celular.
          — Olá novamente. — ele disse acenando para mim.
          Me mexi mais uma vez, meu irmão mais novo estava do meu lado. 
          — Você ainda não me disse seu nome. 
          O garoto se sentiu um pouco nervoso.
          — Meu nome? Meu nome não é tão bonito... — Lisa percebeu que o rapaz evitava dizer seu verdadeiro nome. 
          De repente uma voz atrás dele.
          — Maria com quem estás a conversar? 
          O garoto se mexeu desconfortável.
          — Apenas uma garotinha que conheci. Ela quer saber meu nome, mãe.
          
          Eu fiquei confusa. "Maria"? Quem é Maria? Eu apenas posso ver um garoto. Eu queria perguntar o por que a mãe dele o chamava de Maria.
          — Por que sua mãe te chama por esse nome? 
          Notei ele engolir em seco antes de me responder.
          — Você quer saber o motivo dela me chamar de "Maria"?
          — Sim. 
          — Bem... — ele parecia nervoso. — É por que esse era meu nome antes. 
          — Você por acaso é mulher?
          — Biologicamente eu sou, mas já mudei meus documentos. 
          — Espere então você é mulher!?
          — Não... Eu sou homem. 
          — Você é trans? 
          Ele limpou os lábios com a língua. 
          — Sim. Sou um garoto trans, você vê algum problema com isso? 
          Eu pensei bem no que dizer.
          — Não... Prazer em te conhecer, Maria. 
          — Prazer em te conhecer de novo, Lisa.

Asher1Nicolas

Michael estava sentado na calçada de Yuri. Yuri apareceu na porta e ficou confuso por vê-lo ali.
          Yuri: Ei!
          Michael olhou para trás. 
          Yuri: O que está fazendo sozinho aí?
          Michael: Nada... apenas, sentado. Por que?
          Yuri: Você parece um mendigo.
          Michael: Isso é você tentando me humilhar ou me deixar feliz?
          Yuri: Os dois. 
          
          Yuri abre a porta e a fecha por trás. Ele se aproxima de Michael e se senta próximo a ele.
          Michael: Você parece querer me dizer alguma coisa.
          Yuri: Talvez eu queira. Então... Você veio até aqui pra?
          Michael: Para ver Lucas. 
          Yuri: Você mente feio.
          Michael: Quer tomar Milk shake comigo?
          Yuri: Se você pagar... estou pobre.
          Michael: Eu pago. 
          
          Michael e Yuri passeiam pela cidade até chegar no Milk shake. 
          Michael: Qual sabor você quer? Escolhe.
          Yuri escolhe. 
          Michael: Eu vou querer de Danone. 
          Eles pedem e se sentam esperando os pedidos.
          
          Yuri: Você está bem?
          Michael: Por que a pergunta?
          Yuri: Apenas me responde. É somente uma pergunta normal a se fazer.
          Michael: Estou bem.
          Um silêncio prevalece.
          Yuri: Não vai perguntar se estou bem?
          Michael: Você está bem?
          Yuri: Mais ou menos.
          Michael: Uma pergunta... você já olhou para a lua e se perguntou o por que ela é tão bonita?
          Yuri: Do nada?
          Michael: É...
          Yuri: As vezes me pergunto isso também. Ela é bonitinha.
          Michael: Eu gosto da Lua e de Marte. 
          Yuri: Legal.
          Michael: Eu não sei se gosto de animais, eu perco o interesse rápido.
          Yuri: Não é sua culpa.
          Michael: Você gosta de coisas geladas?
          Yuri: Se for doce, sim.
          Michael: Eu gosto de sorvete.
          Yuri: Eu também.
          Michael: eu vou buscar os shake.
          Michael se levanta e volta com os milk shake. Entrega o de Yuri e começam a comer juntos.
          Michael: Está pedrado.
          Yuri: É só misturar com o canudo.
          Michael: Boa ideia.
          Yuri: Deu certo?
          Michael: Sim.

Asher1Nicolas

Sally Face, ou Sassy, eu acabei de inventar um apelido para ele. 
          Ash chegou aos prantos para a delegacia ao realmente cair na real que seu amigo seria preso. 
          
          — Sally como isso aconteceu? — perguntou Ash.
          Sally ficou quieto, ele estava atrás da parede de vidro reforçado usando aquelas famosas camisas de força. Ash já deveria saber o por que disso ter acontecido. Sally não batia bem da cabeça a semanas e ela vem acompanhando isso. Mas não esperava que seu amigo surtasse e matasse todo o prédio. 
          — Sally, eu... eu vou tentar te tirar daqui. Eu... eu prometo! — prometia.
          Antes que fosse embora para resolver os problemas, Sally a chamou.
          — Ash... — seu nome era como uma melodia. — Desista. Eles não irão te ouvir. Vá embora e me esqueça. Vá seguir sua vida rotineira. 
          
          Ash parou no meio do movimento e se virou para ele. 
          — Eu não quero te deixar aqui, eles irão te matar...
          Sally abaixou o olhar. 
          — Então que me matem. Mas não te quero me vendo assim achando que sou um monstro. — Olhou para ela. — Vá. 
          Uma lágrima escorreu pela bochecha de Ash. As mãos dela no vidro enquanto avistava seu melhor amigo e seu futuro amor sendo levado para uma sala onde receberia uma descarga de alta tensão. Era o fim...
          
          Depois da morte de Sally, Ash tentou seguir a vida em outra cidade para tentar esquecer o que viveu em Nockfell. As lembranças de Sally ainda correm e permanecem em sua mente. O primeiro contato, o primeiro beijo. Mas Ash colocava na mente que ele estaria junto de Larry em algum lugar bom, mesmo que as outras pessoas dissessem que eles estariam no inferno.