Escrevo desde que era uma pequena pirralha um pouco endiabrada. Pegar numa caneta e rabiscar numa folha de papel é, para mim, uma espécie de terapia. Não custa dinheiro e é tempo bem investido, sempre. 
Todos nós nos metamorfoseamos ao longo da vida. Corremos atrás de sonhos, tropeçamos em obstáculos e saltamos de etapa em etapa para chegar a sabe-se lá onde. Acredito que a escrita cresce connosco e reflete a alma e vivências do escritor, mesmo sem ele próprio se aperceba disso. Acredito nisso, que a escrita é o espelho da alma e não os olhos como tantos dizem. Os olhos podem ser enganadores e mentirosos, as palavras também podem ser falsas mas detêm sempre algo de nós que é genuíno. Chamem-me tola, não me importo.

Aqui o nome não interessa, quero que descubram quem sou pelo que escrevo. Atrevam-se e deem palpites. Quanto é idade? Não sei, adivinhem. Será assim tão importante saber? Os anos não se contam pela quantidade de rugas ou pelo palpar da pele, contam-se pelas ideias e pela abertura ao mundo. 

Um perfil desejavelmente não é complicado nem longo e não sei se serve para refletir sobre o alguém que se dispõe a escrevê-lo. Nunca o tinha pensado antes mas não será agora que o vou fazer. Mais tarde, talvez.