Escrevo porque amo, porque se eu não colocar pra fora explodo em palavras e sentimentos. Quero sempre deixar as palavras me conduzirem desta forma tão direta, com um tom de rodeio, para ter vários destinos, e não apenas aquele pensado na hora da escrita, o tal inspirador. Quero que essas palavras sejam minhas escravas até o momento do ponto final, onde eu as libertarei para darem vida aos sentimentos dos leitores.
	 Que elas tenham cheiro de rosas quando eu falar de amor; quando eu falar de tristeza, que elas se misturem nas lágrimas de quem as ler e ouvir; que elas dancem quando virarem letra de música; que elas gritem quando eu estiver falando de revolta; que se ajoelhem quando eu estiver falando de Deus; que sejam remédio quando eu falar de dor e que sorriam quando eu falar aos amigos. Que se deitem com os leitores quando eu virar livro de cabeceira, e que elas se pintem das cores do arco-íris quando virarem livros infantis.