O caminhão preto avançava lentamente pela entrada lateral do porto, onde as luzes estavam falhando. Taehyung, no banco do passageiro, observava cada movimento ao redor com olhos atentos.
Namjoon dirigia com precisão, os nós dos dedos brancos de tensão sobre o volante.
— O funcionário já liberou a passagem. Temos dez minutos antes da troca de turnos — murmurou Namjoon, sem tirar os olhos da estrada.
Taehyung apertou o coldre preso à cintura e confirmou a arma, carregada e pronta. Atrás deles, dois homens da gangue em um SUV forneciam cobertura.
O caminhão virou à direita, seguindo pelas fileiras intermináveis de containers empilhados como gigantes adormecidos. A atmosfera era pesada, úmida — como se o próprio ar estivesse alertando para o perigo.
Namjoon parou diante de um container marcado discretamente com tinta vermelha — o sinal combinado.
— É esse — confirmou ele.
Sem perder tempo, Taehyung saltou do caminhão, os passos firmes e silenciosos. Ele fez sinal para os dois capangas que rapidamente desceram e começaram a preparar o carregamento.
Namjoon abriu o compartimento de carga do caminhão enquanto Taehyung vigiava o perímetro. Cada segundo parecia pesar toneladas.
O som metálico de correntes sendo retiradas ecoou baixo. Um dos homens destravou o container, revelando caixas de madeira pesadas empilhadas dentro. Mesmo de longe, o cheiro de metal e pólvora era forte.
— Rápido — ordenou Taehyung.
Eles começaram a transferir as caixas para o caminhão, trabalhando em silêncio absoluto.
De repente, faróis distantes cortaram a névoa.
Taehyung ergueu a mão, mandando todos congelarem. Os faróis se aproximaram... e então desviaram para outra rua do porto.
Um alívio silencioso percorreu o grupo. Namjoon soltou um palavrão abafado e retomou o carregamento.
Em poucos minutos, tudo estava dentro do caminhão. Namjoon bateu a porta traseira e trancou.
Taehyung jogou um último olhar ao container vazio, agora igual a centenas de outros ali.
— Vamos — murmurou.
