Eu? 
Quem sou eu?
Sou planta? Sou flor? 
Não! 
As flores, ao contrário dos homens, nascem sorrindo. 
Então sou partícula? 
Um quebra-cabeça de átomos? 
Será a Tabela Periódica minha árvore genealógica? 
Talvez!
A ciência de Deus é fundir a beleza, e descobri, nas clausuras pelas quais passei, serem belos os infinitos que me compõem. 
Então é isso! 
Sou infindo! Não apenas genes trocados por gerações, ou um pedaço morto vivo de meus pais. Sou evolução!
E em meus devaneios íntimos eu me vi, vi minha mãe, meu pai, avós e bisavós; vi minha história escrita pela tinta que sai de uma caneta, ereta e excitada. E ao lado uma borracha, para após cessada a página, toda lembrança de mim seja apagada, e eu volte ao completo mistério de onde vim.

O que mais sei?

Não muito além de adorar ler, escrever, colecionar, garimpar e tudo o que se relaciona com livros.
E além de ouvir, enquanto escreve, o velho e bom rock'n'roll.