Escrevo há bastante tempo, como diversão. Sou apreciador de Nelson Rodrigues, entre outros. Rubem Fonseca é outro de meus ídolos, no que toca aos contos, tão difíceis de escrever. Em um romance o autor tem páginas e páginas a disposição, já num conto o espaço se resume a parágrafos.
Um conto é como uma aquarela, deve ser leve, sugestivo, nada mais, Passa a impressão, sem defini-la ou mesmo marcá-la. O conto deve deixar algo para o leitor usar a sua imaginação. 
No mais, mourejo na minha loja de água mineral, escrevendo contos atrás do balcão. Se Graciliano Ramos e Érico Veríssimo foram comerciantes, eu também posso ser e aguentar sê-lo. Depois coloco uma foto mais arrumada. Por enquanto, essa serve.