SPOILER:
Aproximo-me dele com passos lentos e, ao tocar suavemente seus ombros, sinto seu corpo ficar tenso pela primeira vez em resposta à minha investida.
— Não faça isso — a voz dele, suave, carrega agora uma intensidade selvagem e primitiva. Ele se vira e me encara, e, pela primeira vez, vejo o desejo arder em seus olhos como brasas. — Você vai se arrepender pelo resto da sua vida se me tocar mais uma vez.
Dou um passo a mais, encostando meu corpo no dele, permitindo que ele sinta os bicos arrepiados dos meus seios e o desejo latente que pulsa dentro de mim. Seguro uma de suas mãos e a posiciono em meu seio esquerdo, o guiando lentamente pelo meu corpo até a minha vagina, para que ele sinta o quanto eu ardo por ele. Ele me aperta por um instante me fazendo arfar em completo delírio.
Um suspiro escapa dos meus lábios com o toque intenso dele, e quando noto que ele mantém o toque em mim, solto sua mão e deslizo as minhas lentamente pelo seu peito quente e másculo, na esperança de que ele não me rejeite. Mas, para minha surpresa e pavor, ele retira a mão do meio das minhas pernas, olho em seus olhos, incrédula de ser rejeitada, mas ao encará-lo o que vejo ali é mais do que eu poderia esperar.
Eu sorrio para ele.
Ele não recua dessa vez, mas pressiona suas mãos sobre as minhas, intensificando o aperto em seu corpo. Esse gesto é suficiente para me fazer transbordar ainda mais de desejo, como uma cachoeira desaguando em um rio. Ele não vai mais resistir.
Ele suspira, como se a derrota estivesse finalmente tomando conta dele, e sei que a resistência dele está prestes a ruir.
— Você não deveria ter feito isso, mulher. Nunca mais terá paz.
— Eu não quero paz; eu quero queimar no seu inferno. — Um sorriso surge nos lábios dele, e, no instante seguinte, meu corpo é erguido em seu colo, sem cerimônias, sem delicadeza. Seu beijo é feroz, e a ereção que tanto desejei se esfrega contra mim, deixando-me completamente entregue.