Olá passarinhos!
Por fim, eis que surge o conto intitulado "A Jornada dos que ficam por aqui". Um conto que modéstia a parte, é o mais bonito e profundo dos que já escrevi. Já disponível no Wattpad, viu?
Um conto cuja existência é arriscada para mim quando se trata de descrever a sua existência, uma vez que ele se passa no final do terceiro capitulo e que se baseia em trechos que constavam na primeira versão do Wattpad, mas que precisaram ser retirados antes da publicação para não deixar a história lenta e arriscada demais. E é justamente lá, onde tudo começou que vou postá-lo juntamente com explicações que revelam o sentido de sua existência, como resposta para algo que constava entre as anotações de um dos personagens.
"Aos que consideram a ausência de dor e de questionamento como privilégio dos que seguem os caminhos do Senhor, sabem do que me entristece e também do que desejo perguntar? Quando os heróis e heroínas que se encontram livros e na vida cotidiana resolvem partir, são poucos se lembram de cuidar ou de contar dos que ficam para trás, suspirando e esperando pelo retorno de quem se despede. Pais e filhos, esposas e amigos… Ah, felizes os que têm a consolação de receber cartas e bilhetes acompanhadas de novidades e certezas de regresso, mas, os que não recebem nem um terço disso, como ficam? Afinal, estes também continuam a viver e se arriscar em suas respectivas aventuras... Que me perdoe o meu Senhor que não se esquece de meus irmãos de Rio Adentro, e muito menos de seus filhos mais pequeninos, mas será que os escritores também não poderiam se lembrar dos que ficam por aqui?”
Das anotações de frei Salvador Infante, página 21.