GiovanniTurim

IV
          	
          	Os olhos não estão aqui
          	Aqui os olhos não brilham
          	Neste vale de estrelas tíbias
          	Neste vale desvalido
          	Esta mandíbula em ruínas de nossos reinos perdidos
          	
          	Neste último sítio de encontros
          	Juntos tateamos
          	Todos à fala esquivos
          	Reunidos na praia do túrgido rio
          	
          	Sem nada ver, a não ser
          	Que os olhos reapareçam
          	Como a estrela perpétua
          	Rosa multifoliada
          	Do reino em sombras da morte
          	A única esperança
          	De homens vazios.
          	
          	T.S. Eliot.

GiovanniTurim

IV
          
          Os olhos não estão aqui
          Aqui os olhos não brilham
          Neste vale de estrelas tíbias
          Neste vale desvalido
          Esta mandíbula em ruínas de nossos reinos perdidos
          
          Neste último sítio de encontros
          Juntos tateamos
          Todos à fala esquivos
          Reunidos na praia do túrgido rio
          
          Sem nada ver, a não ser
          Que os olhos reapareçam
          Como a estrela perpétua
          Rosa multifoliada
          Do reino em sombras da morte
          A única esperança
          De homens vazios.
          
          T.S. Eliot.

GiovanniTurim

III
          
          Esta é a terra morta
          Esta é a terra do cacto
          Aqui as imagens de pedra
          Estão eretas, aqui recebem elas
          A súplica da mão de um morto
          Sob o lampejo de uma estrela agonizante.
          
          E nisto consiste
          O outro reino da morte:
          Despertando sozinhos
          À hora em que estamos
          Trêmulos de ternura
          Os lábios que beijariam
          Rezam as pedras quebradas.
          
          T.S. Eliot.

GiovanniTurim

Dia histórico para o Brasil, dado que alguns locais nacionais bateram o recorde insalubre de calor do Sahel Africano. Sim: o calor em algumas regiões Brasileiras, superaram o calor insano do deserto do Saara. Queimadas, desmatamento, garimpo desenfreado, emissão de gases poluentes, morte dos rios, e uma infinidade destrutiva que vai do micro ao macro, onde muito dos meios ecológicos são subestimados, quando não relegados e, intencionalmente ocultados/combatidos. E, ainda tem gente que pergunta o porquê da situação atual! Enquanto é preferível se dar as brigas ideológicas, para igual manutenção de um estado plenamente corrupto, que pratica do velho jogo Romano "Divide et impera" (dividir para conquistar).
          
          E mais: um imenso bolsão anómalo sobre o país, podendo sabe-se lá o que de pior, sendo que, os próprios cientistas à estuda desorientados de sentido, a fim do que — o que pode ser feito, já está praticamente condenado por uma grande maioria belicista a natureza.
          
          Jamais imaginei que minha cidade, pequena e do interior Paulista, teria um dia mais quente do que uma capital desértica, como o Cairo no Egito.
          
          Nihil sub sole novi.

GiovanniTurim

@WilliamOCosta tenho certeza que assim será: "O plano de redenção iniciado daí por Deus, inclui restaurar as 4 conexões", embora nem sempre tudo seja as claras.
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GiovanniTurim

@TheodorPontes não vejo como desesperador, contudo, entendo o contexto de uma comisseração toda, porque não é em vão. Enquanto estivermos aqui, poderemos algo de melhor, mesmo que no mínimo das ações.
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GiovanniTurim

II
          
          Os olhos que temo encontrar em sonhos
          No reino de sonho da morte
          Estes não aparecem:
          Lá, os olhos são como a lâmina
          Do sol nos ossos de uma coluna
          Lá, uma árvore brande os ramos
          E as vozes estão no frêmito
          Do vento que está cantando
          Mais distantes e solenes
          Que uma estrela agonizante.
          
          Que eu demais não me aproxime
          Do reino de sonho da morte
          Que eu possa trajar ainda
          Esses tácitos disfarces
          Pele de rato, plumas de corvo, estacas cruzadas
          E comportar-me num campo
          Como o vento se comporta
          Nem mais um passo
          
          – Não este encontro derradeiro
          No reino crepuscular.
          
          T. S. Eliot.

GiovanniTurim

"— Acho que ainda está dormindo ao lado da moça desprezada, mas, quando acordar, certamente olhará para ela".
          
          De: Sonho de Uma Noite de Verão, William Shakespeare.
          
          Depois de anos, estou lendo uma outra adptação da obra, menor, porém muito bem traduzida. O livro é acompanhado com desenhos e colocações cômicas dos tradutores, por Antonio Carlos Olivieri, e Edu Otsuka.
          
          É sempre bom regressar aos clássicos.

GiovanniTurim

“A penny for the Old Guy”
               (Um pêni para o Velho Guy)
          
          I
          
          Nós somos os homens ocos
          Os homens empalhados
          Uns nos outros amparados
          O elmo cheio de nada. Ai de nós!
          Nossas vozes dessecadas,
          Quando juntos sussurramos,
          São quietas e inexpressas
          Como o vento na relva seca
          Ou pés de ratos sobre cacos
          Em nossa adega evaporada
          
          Forma sem forma, sombra sem cor
          Força paralisada, gesto sem vigor;
          
          Aqueles que atravessaram
          De olhos retos, para o outro reino da morte
          Nos recordam – se o fazem – não como violentas
          Almas danadas, mas apenas
          Como os homens ocos
          Os homens empalhados.
          
          T. S. Eliot.

GiovanniTurim

Apesar disso — escutem bem — todos os homens
          matam a coisa amada; com galanteio
          alguns o fazem, enquanto
          outros com face amargurada.
          
          Os covardes o fazem com um beijo,
          Os bravos: com a espada!
          
          Oscar Wilde.

GiovanniTurim

@karoline_ax é do fatalismo poético, embora na maioria das vezes, é mais do que qualquer outra coisa: da realidade.
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