Às vezes, em meio ao caos cotidiano, me pego perguntando: por que estou aqui? O que realmente estou fazendo com o tempo que me resta? Cada gesto, cada movimento parece ser um reflexo de algo que não compreendo completamente. A vida parece correr sem que eu tenha controle sobre ela, e, mesmo assim, fico parado, observando. Pergunto-me se estou seguindo o caminho certo ou se estou apenas flutuando, preso a um fluxo que não criei, mas que sou forçado a acompanhar.

Olho ao meu redor, vejo rostos e sorrisos, todos parecendo tão certos do seu lugar no mundo, enquanto eu me sinto um estranho, perdido no meio de tudo isso. Será que o propósito da vida é algo que se descobre, ou é algo que inventamos, na tentativa de dar sentido àquilo que parece ser, no fundo, um grande enigma? Por que buscamos tanto por respostas, como se a vida fosse algo a ser decifrado?

A angústia cresce, como um peso no peito, e, por mais que eu tente encontrar um motivo, uma razão concreta para estar aqui, tudo o que encontro são mais perguntas, mais dúvidas. E, no fim, talvez a única certeza que eu tenha seja o desconforto dessa busca incessante. Mas o que realmente me assusta não é não encontrar respostas - é o medo de nunca entender o que significa realmente existir.