Henggo

ESCREVA para além do LIKE
          	
          	Há muitas armadilhas na vida de alguém que decide mergulhar na escrita criativa: publicar o primeiro rascunho, não estudar, acreditar muito em elogios, ignorar gramática. Porém, além desses exemplos, estes tempos de redes "sociais" acrescentaram a busca por likes a essa lista de problemas. 
          	
          	Escrever pensando só em engajamento é semente para florescer cansaço, autoboicote e excesso de comparações com outros escritores.
          	
          	Respire, tenha calma e fuja disso. Saiba que:
          	
          	1. Postar pouco não significa escrever mal. Essa lógica é uma falácia.
          	
          	2. Textos profundos nem sempre viralizam e tudo bem, vida que segue. Ou você quer se emburrecer para caber em padrões moldados por redes sociais?
          	
          	3. Escrever só o que “funciona” pode te esvaziar e escravizar. Sério: uma hora a saúde mental vai cobrar essa conta.
          	
          	4. Ficar vigiando números drena a criatividade, pois você começa a ajustar teu texto às expectativas alheias.
          	
          	5. O prazer da escrita vem do processo, não da curtida. É como ir viajar e, ao invés de curtir a estrada e a experiência, você ficar mais preocupado se as pessoas nas margens da rodovia estão acenando para ti.
          	
          	6. Algoritmo ama padrão, arte ama risco. Se puder, assista ao documentário "O artista está" de Marina Abramovich.
          	
          	7. Você não é um influenciador, é um escritor. Sim, há uma possibilidade de você virar influencer lá na frente, mas, pelo menos a meu ver, essa não deve ser tua prioridade, mas sim uma consequência do teu trabalho na escrita.
          	
          	8. Compartilhar deve ser leve, não pressão. Sentir-se na obrigação de agradar é um indicativo de que algo está errado.
          	
          	9. Não transforme cada palavra em conteúdo. Calma. Vá aos poucos. Espere ter algo pronto, pujante, completo, para divulgar.
          	
          	10. Escreva primeiro pra si, depois pra quem quiser ficar contigo. E sim, essa é mais uma das minhas frases clichês de autoajuda literária. Pois vou te dar outra: você faz isso?

Nataruska

@Henggo Este é um tema extremamente interessante e um reflexo dos dias de hoje. Especialmente por aqui no Wattpad. Perdi a conta a "autores" que por não terem os likes ou os comentários na quantidade que percecionam ser a correta, fazem chantagem emocional com os seus leitores. Ao estilo: " se não comentarem x pessoas, não coloco o próximo capítulo" ou " visto que comentam pouco, vou parar a publicação e remover o que já foi publicado da plataforma."
          	  Agora eu pergunto, onde fica o respeito pelos leitores, que podem até ser poucos, mas estão lá a ler? Esta atitude infantilizada revela muito da postura e vontade de muitos daqueles que se autoproclamam escritores por aqui. É uma pena, assim que vejo estas posturas normalmente deixo de seguir a pessoa ou risco da lista de leituras. 
          	  Eu entendo perfeitamente o quão importante e prazeroso pode ser receber feedback, fico extasiada sempre que alguém comenta nas minhas histórias. E percebo também o "rush" de dopamina, adrenalina, eu sei lá lina. Mas escrever é semelhante a muitas outras atividades, feedback é bom? Sim. Vamos receber sempre? Não. É só pró feedback que nos esforçamos? Deus queira que não! 
          	  Enfim, excelente reflexão @Henggo, como sempre ☺️
          	  :)
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solenostemons

@Henggo  Se correntes são sinônimo de prisão, ir pelo caminho contrário é libertação.
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Henggo

@solenostemons  A consciência sobre si e as próprias potencialidades é fundamental. O que muitos veem como egoísmo, de fato é uma forma de seguir adiante apesar das correntes que os outros jogam.
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Henggo

ESCREVA para além do LIKE
          
          Há muitas armadilhas na vida de alguém que decide mergulhar na escrita criativa: publicar o primeiro rascunho, não estudar, acreditar muito em elogios, ignorar gramática. Porém, além desses exemplos, estes tempos de redes "sociais" acrescentaram a busca por likes a essa lista de problemas. 
          
          Escrever pensando só em engajamento é semente para florescer cansaço, autoboicote e excesso de comparações com outros escritores.
          
          Respire, tenha calma e fuja disso. Saiba que:
          
          1. Postar pouco não significa escrever mal. Essa lógica é uma falácia.
          
          2. Textos profundos nem sempre viralizam e tudo bem, vida que segue. Ou você quer se emburrecer para caber em padrões moldados por redes sociais?
          
          3. Escrever só o que “funciona” pode te esvaziar e escravizar. Sério: uma hora a saúde mental vai cobrar essa conta.
          
          4. Ficar vigiando números drena a criatividade, pois você começa a ajustar teu texto às expectativas alheias.
          
          5. O prazer da escrita vem do processo, não da curtida. É como ir viajar e, ao invés de curtir a estrada e a experiência, você ficar mais preocupado se as pessoas nas margens da rodovia estão acenando para ti.
          
          6. Algoritmo ama padrão, arte ama risco. Se puder, assista ao documentário "O artista está" de Marina Abramovich.
          
          7. Você não é um influenciador, é um escritor. Sim, há uma possibilidade de você virar influencer lá na frente, mas, pelo menos a meu ver, essa não deve ser tua prioridade, mas sim uma consequência do teu trabalho na escrita.
          
          8. Compartilhar deve ser leve, não pressão. Sentir-se na obrigação de agradar é um indicativo de que algo está errado.
          
          9. Não transforme cada palavra em conteúdo. Calma. Vá aos poucos. Espere ter algo pronto, pujante, completo, para divulgar.
          
          10. Escreva primeiro pra si, depois pra quem quiser ficar contigo. E sim, essa é mais uma das minhas frases clichês de autoajuda literária. Pois vou te dar outra: você faz isso?

Nataruska

@Henggo Este é um tema extremamente interessante e um reflexo dos dias de hoje. Especialmente por aqui no Wattpad. Perdi a conta a "autores" que por não terem os likes ou os comentários na quantidade que percecionam ser a correta, fazem chantagem emocional com os seus leitores. Ao estilo: " se não comentarem x pessoas, não coloco o próximo capítulo" ou " visto que comentam pouco, vou parar a publicação e remover o que já foi publicado da plataforma."
            Agora eu pergunto, onde fica o respeito pelos leitores, que podem até ser poucos, mas estão lá a ler? Esta atitude infantilizada revela muito da postura e vontade de muitos daqueles que se autoproclamam escritores por aqui. É uma pena, assim que vejo estas posturas normalmente deixo de seguir a pessoa ou risco da lista de leituras. 
            Eu entendo perfeitamente o quão importante e prazeroso pode ser receber feedback, fico extasiada sempre que alguém comenta nas minhas histórias. E percebo também o "rush" de dopamina, adrenalina, eu sei lá lina. Mas escrever é semelhante a muitas outras atividades, feedback é bom? Sim. Vamos receber sempre? Não. É só pró feedback que nos esforçamos? Deus queira que não! 
            Enfim, excelente reflexão @Henggo, como sempre ☺️
            :)
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solenostemons

@Henggo  Se correntes são sinônimo de prisão, ir pelo caminho contrário é libertação.
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Henggo

@solenostemons  A consciência sobre si e as próprias potencialidades é fundamental. O que muitos veem como egoísmo, de fato é uma forma de seguir adiante apesar das correntes que os outros jogam.
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Henggo

Você também tem vontade de PARAR?
          
          "Parar de quê?", você me pergunta. E eu te respondo: de tudo relacionado à escrita. Virar uma "pessoa comum", sabe? Que ignora as vozes, a vontade de criar e, assim como Raul Seixas alerta na música "Ouro de Tolo", "ficar sentado no canto da sala / com a boca escancarada / cheia de moscas".
          
          Às vezes, tudo me faz parar e pensar: "Sério? Depois de tanto tempo escrevendo, é isso mesmo? Duas décadas de trabalho para não poder nem dizer que vive da escrita?"
          
          É chato. E frustrante.
          
          Mas é nesses momentos que precisamos respirar fundo e lembrar de algumas coisas...
          
          1. O mundo nem sempre valida quem cria e isso não invalida sua criação.
          
          2. Serenidade vem da rotina, da prática constante e silenciosa, não dos aplausos.
          
          3. Precisamos desconectar das métricas para não sufocar nossa imaginação. 
          
          4. Procure leitores verdadeiros, mesmo que sejam poucos. Muitas das vezes, eles é que serão a motivação para que você escreva.
          
          5. Evite se comparar com quem viraliza. As redes sociais são um circo. Olhe o tanto de "influencers" com milhões de seguidores que foram presos este ano. Tenha autenticidade e não se emburreça para caber em trends.
          
          6. Crie ambientes de escrita seguros (silêncio, rituais, horário). Isso molda ritmo de escrita e te ajudará nos momentos de baixa energia criativa.
          
          7. Consuma arte que te nutre, não que te adoece. Afaste-se de pessoas que só performam sucesso. Isso vai entrando na nossa cabeça e faz morada.
          
          8. Relembre seu propósito: por que você escreve? Qual foi a fagulha inicial da criatividade? Apegue-se à tua resposta.
          
          9. Proteja tua saúde mental. Sério. O mundo não vai fazer isso por você.
          
          10. Seja grata, grato pelas pequenas conquistas. Não espere publicar um livro para curtir o momento. Em uma sociedade desigual como a nossa, tenha gratidão por, pelo menos, ter o privilégio de sonhar em escrever. Eu sei, parece autoajuda, bobo, clichê. Mas você já parou para pensar nisso?

solenostemons

@Henggo  Oh, isso é realmente muito triste... Nem por um segundo?
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Henggo

@solenostemons  Pior é quando a pessoa nunca Ignorou ou ignora...
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solenostemons

@Henggo  Entendo perfeitamente. :,(
            Há momentos em que ignoramos isso, passamos um tempinho mais serenos, mas quando volta... É como um "Deus nos acuda!".
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Henggo

LIDO & INDICADO: Temos aqui um conto sobre o inevitável — e como nos deixamos abalar por essa inevitabilidade. Com um narrador onisciente que quebra a famosa "quarta parede" e nos puxa para dente dos escombros, Idel Sena reflete acerca das atitudes simples que não fazemos e de como a vida — não se preocupe! — é uma arlequina que se diverte com nossa existência.
          https://www.wattpad.com/story/403433785

Henggo

LIVROS EM PROMOÇÃO — Do dia 27/11 ao dia 01/12, dois dos meus livros na Amazon/Kindle estarão em promoção: a antologia de contos "O silêncio entre nós e outros contos LGBTQIA+" (R$ 1,99) e a fantasia religiosa "Conversas com Deus: um encontro inesperado no Coreto do Éden" (R$ 2,99).  Aproveite! 
          
          >>> https://linktr.ee/Henggo

Henggo

@solenostemons  (⁠ ⁠◜⁠‿⁠◝⁠ ⁠)⁠♡
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solenostemons

@Henggo  ⭐️⭐️⭐️⭐️⭐️
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Henggo

CUIDADO com gente que PERFORMA PERFEIÇÃO 
          
          As redes sociais são um espetáculo de ego. Eu estou nessa, você está nessa, todos que embarcam em qualquer rede são conduzidos a essa performance. Escondido ou não, mostrando ou não o rosto, é uma performance. O PROBLEMA é que, nas redes literárias, essa performance abre portas para que pessoas sem experiência literária, sem maturidade emocional, achem que podem nos ajudar — mas podem te conduzir a uma armadilha.
          
          1. Observe se a pessoa explica como fazer, não só joga frases motivacionais. Há um conteúdo ali? Há referências? Há leitura de mundo?
          
          2. Desconfie de quem nunca mostra processos reais (rascunhos, revisões, erros). Se a pessoa aparenta e defende "perfeição", desconfie.
          
          3. Preste atenção a respostas vagas, generalistas, iguais para tudo. Você vai conversar com a pessoa e nota que ela é uma porta, sem condições nem de manter uma conversa.
          
          4. Quem nunca escreve, só opina, geralmente não domina o assunto.
          
          5. Promessas de métodos milagrosos são uma constante. Se a pessoa vem com soluções fáceis e mágicas, desconfie.
          
          6. Veja se a pessoa cita referências confiáveis, não “achismos de engajamento”. De onde vem o conhecimento que essa pessoa está te trazendo? Qual a experiência dessa pessoa?
          
          7. Consistência importa: quem muda opinião a cada trend não é fonte segura. E mais: se a pessoa está há 10 anos sem escrever e quer te dar dicas de "como melhorar a escrita", fuja. Se acreditasse no que está dizendo, não estaria parada há 10 anos!
          
          8. Compare o discurso com os resultados práticos: o livro dessa pessoa existe? Foi finalizado? 
          
          9. Especialistas reais admitem dúvidas, não se vendem como "deuses". Essa pessoa tem medo? Ela admite os erros?
          
          10. A orientação deve te fazer pensar, não te deixar dependente de correntes mentais. A pessoa responsável te conduz à reflexão, ela te provoca a mudar, não te aprisiona.

Henggo

@solenostemons Mais preocupante é que isso é instintivo; está tão entranhado culturalmente que, mesmo quando percebem há algo errado, não sabem qual caminho seguir — ainda mais que o meio social exige essa brutalidade. É um afogamento constante.
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solenostemons

@Henggo  Realmente, exige. E se performam, é porque têm noção de que não estão sendo elas mesmas ali. Quanto mais fingem, mais sentem que estão caindo, o desespero, a ansiedade aumenta e é só aflição em cima de aflição.
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Henggo

UM TRECHO — "O Grito Mudo da Masculinidade" (em pré-venda no Kindle, lançamento dia 12/12)
          
          TEXTO: "Osmose ou Um Bloco Bruto de Conselhos"
          
          [...] Quanto mais machista for a letra da música, maior será o volume do som, eu insisto nisso. Fodam-se as reclamações dos vizinhos! VOCÊ É MACHO OU NÃO É, PORRA? Você paga suas contas, é um cidadão de bem, vai à igreja, então, tem o direito de fazer o que quiser, amém! Como é que é? Se seu filho adolescente gostar de ler? Brigue. Melhor ainda: leve-o para o puteiro e pague uma puta para ensinar as coisas da vida ao moleque. Se isso destruir a mente dele no futuro, não se sinta culpado: você fez o que se espera de um bom pai. Agora, se sua filha adolescente confessar que já transa, chame-a de puta e mande-a ler um livro. Se o jornal falar sobre cultura de estupro, sinta-se ofendidíssimo e volte a acusar as malditas feministas. Malditas! Malditas! E não esqueça dos comunistas, marxistas, esquerdistas, gayzistas e todos os istas que destroem a moralidade. Esqueça de quando você assobiava para as garotas na rua, puxava-as para um beijo ou passava a mão nos seus seios. Olhe para as filhas dos seus amigos como se fossem pedaços de picanha. Faça graça com o volume nos biquínis das meninas. Exija que sua mulher se depile. Dê conselhos a todos, mas não siga nenhum. Ou melhor: finja que segue os conselhos. Reclame de textos que julgam as atitudes dos homens. Devem ter sido escritos por integrantes de algum dos istas supracitados. [...]
          
          https://www.amazon.com.br/dp/B0G233PPRQ
          
          ************ 

Henggo

@solenostemons A masculinidade é muito, muito frágil mesmo. Vive de máscaras e poses. 
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solenostemons

@Henggo  Pois é. O dizer "Mulher é sexo frágil" cai por terra nestes tempos de brutalidade mais frágil que papel higiênico molhado.
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Henggo

@solenostemons É curioso ver como as máscaras de brutalidade caem a um simples olhar.
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Henggo

Como moldar PERSONAGENS FEMININAS FORTES?
          
          Muitas pessoas ainda vivem abraçadas ao molde da personagem feminina que, para ser forte, deve "emular as ações masculinas". Claro que, em uma sociedade misógina como a nossa, infelizmente, muitas mulheres precisam desse processo de brutalização para serem respeitadas. A questão aqui é quando você, sem nenhum motivo social, sem tecer críticas e reflexões, opta por personagens assim e alimenta estereótipos.
          
          1. Dê objetivos próprios a essa personagem: não a reduza a apoio da jornada de um homem ou a um mero romance.
          
          2. Permita falhas, a perfeição é chata! Força se revela nos tropeços e na superação — e você ainda ganha o desafio de moldar conflitos. Isso é ótimo para a escrita.
          
          3. Construa um passado crível: traumas, sonhos e experiências formam o que ela é. Traga camadas, nuances, saia do óbvio.
          
          4. Trabalhe a voz narrativa. Como ela pensa Como ela sente e reage ao mundo? Como é impactada pelo preconceito?
          
          5. Evite estereótipos e crie alguém único. Onde estão as super-heroinas que têm filhos? Onde estão as protagonistas de 40 anos? Busque o diferencial!
          
          6. Dê a essa personagem relações significativas: amizades, rivalidades, redes de apoio. Enalteça a sororidade.
          
          7. Trabalhe o corpo e a linguagem não-verbal: como ela ocupa o espaço da tua trama diz muito.
          
          8. Respeite o contexto social: mulheres não existem num vácuo. Elas resistem, se adaptam e enfrentam sistemas.
          
          9. Se pergunte: ela existiria fora da trama? Ela incomodaria? Se a resposta for sim, você criou uma mulher forte.
          
          10. Faça o "Teste de Bechdel". O teste tem três perguntas básicas:
          
          A) Tua obra tem, pelo menos, duas personagens mulheres com nome?
          
          B) Essas mulheres conversam entre si para além do trivial?
          
          C) A conversa entre elas passa longe de ser sobre um personagem masculino?
          
          Se você responder "não" para alguma, teu livro não apresenta personagens femininas com tramas dignas. Mude.

Fabgau197545

@Henggo então, após minha incursão por mangás e animes, ou yaoi... agora as leituras de romances LGBTQIA+, entendo que talvez eu não seja um parâmetro, porém a verdade cada vez mais em mim não negue que esse definitivamente é meu estilo pessoal.
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Henggo

@Fabgau197545  Não, não creio que seja só teu gosto pessoal. Eu já vi muitas pessoas discutindo sobre isso. Se fato, os romances héteros estão imersos em vários estereótipos de macheza (muitos deles ocultos, que os autores nem notam que estão dentro de si). É claro que romances LGBTQIA+ também têm seus problemas com estereótipos, mas, comparativamente, são muito mais empáticos do que os outros.
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Fabgau197545

@Henggo Cada vez mais difícil encontrar romances com personagens femininas cativantes, devido à isso tenho escolhido ler romances LGBT's, pois os personagens são sempre mais humanos, mais normais, ou sei lá como explicar. Romances heteros trazem mocinhas indefesas que sempre serão salvas pelos homens fortes e ricos e no final a cereja do bolo: gravidez! Ah e já ia me esquecendo, mocinhas "inocentes e virgens"... como me irrita! E eu particularmente adoro um livro com cenas mais picantes e até nisso os romances heteros deixam a desejar, ou talvez seja somente eu e meu gosto por homens LGBT's...
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solenostemons

Que linda a nova capa de 'O Bailarino de Arcéh'! ✨️(*°○°*)

Henggo

@solenostemons  Eu decidi largar de mão. Essa capa nova é um desenho antigo, parte das ilustrações do livro. Nem me dei ao trabalho de fazer algo novo, confesso. Há sentimentos conflitantes em relação a esse livro, mas precisamos seguir em frente. Trocar a capa foi um ponto final às vésperas de encerrar 2025.
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solenostemons

@Henggo  Posso imaginar como está sendo o sentimento de que a capa ainda não é a que gostaria, vivo quase que eternamente isso com as minhas capas, sempre pensando "Mas não é bem isso aqui que eu quero...". :,)
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solenostemons

@Henggo  Uh... Muito interessante saber desse quebra-cabeça de temas. Isso me parece chamado a ler (ainda mais que já estava nos meus planos de fazer isso). Estou curioso para descobrir minha visão desse livro.
            
            Lembro da primeira capa que vi: um dançarino parecendo dando o último passo de uma dança, ainda dançando ou tocando algo no alto. Aquilo me passou uma imagem de magia, uma dança cheia de magia, logo pensei que fosse uma obra de fantasia, hehe.
            
            A segunda, o rosto de uma figura masculina de longos cabelos brancos. Agora, uma figura feminina, transmitindo um ar de frescor e feminilidade, o que me faz pensar numa história com muitas, muitas camadas – também, agora, com vários temas centrais. Interessantíssimo.
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Henggo

LIDO & INDICADO: Há textos gigantescos que não dizem nada. Não abraçam, não tremem, não provocam. E há textos-pílulas como este que silenciam. É simples, mas não é. É pequeno, mas esfaqueia. O garimpo do Wattpad nos proporciona pepitas como esta. São gramas de ouro, miligramas; poeira estelar jogada ao vento.
          https://www.wattpad.com/story/404364959

Henggo

@solenostemons  Vai saber o que se esconde nos ecoa dos labirintos das nossas mentes...
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solenostemons

@Henggo  Talvez tu não tivesse gostado da música, a apagou dos teus arquivos e agora parece a primeira vez. Às vezes acontece. Digo por isso ter acontecido comigo em relação ao vocalista do Linkin Park, foi um baque redescobrir o que já sabia, mas eu tinha ficado tão mal que minha mente tratou de esquecer.
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Henggo

@solenostemons  Nunca na minha vida soube que Fresno tem uma música com esse título. Confesso que fui procurar e achei... estranha. ¯⁠\⁠_⁠༼⁠ ⁠•́⁠ ͜⁠ʖ⁠ ⁠•̀⁠ ⁠༽⁠_⁠/⁠¯ Será que a música estava nos meus arquivos mentais e eu não notei? Que bizarro. 
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Henggo

UM TRECHO — "O Grito Mudo da Masculinidade" (em pré-venda no Kindle, lançamento dia 12/12)
          
          TEXTO: "A dor de ser LGBTQIA+"
          
          [...] Legal ter empatia, legal ser militante (ou simpatizante, como antes estava na ex-sigla GLS), legal lutar junto. Mas não venha dizer que você “entende essa dor” ou que “se sente próximo”, como me disseram certa vez. Não, você não consegue. Se você for hétero, você vive em uma espécie de “privilégio de sexualidade” que permite andar de mãos dadas, ir ao shopping com sua namorada ou namorado e dar um beijo nele ou nela sem arriscar levar um xingamento.
          
          Eu tive duas namoradas e um namorado. Com Patrícia e Manuela, era uma vida comum, banal. Com Diego, era como viver em um eterno “e se”: e  se o pessoal descobrir? E se eles falarem mal? E se a gente andar de mãos dadas?  E se a gente contar? E se a gente não contar? E se a gente ficar naquela praça? E se a gente passar perto daqueles caras? E se a gente for visto juntos? E se descobrirem que viajamos juntos? E se não acreditarem? E se a fulana nos convidar para o casamento dela? Temos que arranjar “parceiras” para irmos ou vamos juntos?
          
          O “e se” é uma grande morte.
          
          Percebe como o que eu chamo de “dor”, na verdade, é causado pela sociedade? De fato, ser LGBTQIA+ não dói. É uma característica tão banal quanto a cor das sobrancelhas. Mas a sociedade — sempre ela! — dá tanta importância a isso que até a banalidade se torna algo abismal, doloroso, dilacerante.
          
          A “dor de ser LGBTQIA+” é a dor da incongruência de uma sociedade hipócrita que nos usa para mascarar as merdas que faz. [...]
          
          https://www.amazon.com.br/dp/B0G233PPRQ
          
          ************ 

Henggo

@solenostemons  Pior que, por mais muita coisa tenha mudado, essa verdade ainda é latente. E noto como a ascensão do ultraconservadorismo religioso tem deixado essa percepção ainda mais forte. 
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solenostemons

@Henggo  Nós LGBTQIA+ crescemos feridos, acuados, enquanto quem nos fere cresce brilhando, radiante.
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