Ela tinha o rosto de um anjo. Seus olhos
eram capazes de acalmar o demônio em mim, sentia que podia tudo.
Mas o mundo sempre foi cruel, quando eu voava. Pra baixo ele me puxava. Os mesmos olhos que me acalmaram me prendiam. Como uma jaula de ouro.
O sorriso que então era doce, os lábios um veneno doce do qual nunca provará. As palavras até então inocentes me fizeram acreditar que o céu já não alcançava.
De tanto desejar algo tão divino, fui preso a
alguém cheio de espinhos. Espinhos que não via, que faziam meu corpo e alma chorarem, lágrimas vermelhas.
Como um anjo pode te fazer se odiar? Como uma pessoa pode te fazer sangrar?
Sua posição lhe dava certo poder. Tentava encontrar a resposta para dor que sentia em meio as lágrimas que ia derramando. Porém tudo que pensava era: "Ela tinha um rosto de um anjo."