Letícia

— Existe algum tipo de escrita que você jamais faria?
          	  
          	  — Então, mesmo vivendo no século XXI, eu não escrevo romances yaoi, age gap ou underage. Não tenho preconceito, mas simplesmente não é a minha praia.
          	  
          	  — Para encerrar, Leninha: qual é o melhor conselho de escrita que você daria a outros autores/leitores?
          	  
          	  — O melhor conselho que posso te dar é: “compare-se com quem você foi ontem, e não com quem os outros são hoje." Isso te ajuda a focar no seu próprio progresso, sem se preocupar em se comparar com os outros. E também: "busque o que é significativo, e não o que é conveniente." Assim, você prioriza um propósito a longo prazo em vez da gratificação imediata. 
          	  
          	  É isso, espero que tenha gostado rsrs. Foi um prazer participar dessa “entrevista”. 
          	  
          	  Beijos, e até a próxima! 
          	  
          	  ‍♀️

— O que você faz quando a escrita se torna difícil? 
          	  
          	  Quando o bloqueio criativo bate, eu desacelero o meu processo de escrita. Aprendi a ter paciência e não forçar a barra, já que ter muitas ideias confusas ao mesmo tempo não ajuda em nada. Eu me afasto, relaxo, e só retomo quando me sinto inspirada.
          	  
          	  — Você dá título às fics antes, durante ou depois da escrita?
          	  
          	  Eu só dou o título depois de escrever. Isso me lembra uma parte da minha história sobre o Roxette. A Marie fica chocada que o Per compõe sem um título, porque o título pode ser o ponto de partida pra muita gente. Mas é legal saber que existem outros métodos.
          	  
          	  — Como você escolhe os títulos para prender o leitor? 
          	  
          	  Eu tiro os títulos de algo que acontece na história. Isso pode ser um objeto, como o “Chateau Cheval Blanc 1947”, o nome de um vinho que é furtado e “Desfloração” que mostra o "desabrochar" da Buttercup em ações nada heróicas em O Trio do Poder. Também uso nomes de músicas, como Vulnerável (Vulnerable) em Além das Canções.
          	  
          	  — Qual é a tag mais usada no seu perfil?
          	  
          	  — Olha, tags são um desafio pra mim porque os fandoms que escrevo não são tão grandes. No momento, minhas tags são Blossick, Boomubbles, Butchercup, Sonhuala, Dreamuala, Perrie, Permarie, Gesfred e Zetaro.

— Você se inspira em experiências pessoais ou apenas deixa a imaginação correr solta?
          	  
          	  — Sim, me inspiro. E reitero o que escrevi no comentário anterior: prefiro escrever sobre temas que me deixam confortável. 
          	  
          	  — Quando você escreve sobre cenas mais ousadas (hot), prefere sutileza nos detalhes ou descrições escandalosas?
          	  
          	  — Eu sou péssima em escrever hot KKKK. Mas ando melhorando nisso ao ler os hots de outros escritores, sem perder a minha mão na cena. Eu mesclo os detalhes visuais com os detalhes sensoriais porque quero ter certeza que o leitor se sinta lá dentro ou se coloque no lugar do personagem.
          	  
          	  — Quão importante é que essas cenas sejam realistas e convincentes?
          	  
          	  Muito importante. Eu gosto de escrever sobre a química entre casais imaginários ou personagens que não estão juntos no mundo real. Essa é uma forma de entender o que poderia ter acontecido se o destino os tivesse unido, como Perrie (Per Gessle e Marie Fredriksson do Roxette) e Sonhuala (Sonho e Nuala de The Sandman).
          	  
          	  — Quantas ideias de fic você está cultivando agora?
          	  
          	  — No momento, estou focada em dois longas. O primeiro é O Trio do Poder: Legado de Townsville, que se passa em uma Townsville distópica onde as Meninas Superpoderosas são vistas como vilãs. A segunda, Roxette: Além das Canções, é baseada na vida real da banda, mas com um romance entre os membros. Não me conformo que tanta química no palco não virou romance na vida real, então tive que fazer isso acontecer !