O peso é denso, uma névoa sem fim,
E o mundo, um abismo que engole o olhar.
Os dias se arrastam, e o tempo é ruim,
Um mar de silêncio onde não sei nadar.
As cores se esvaem, o céu perde a cor,
Os risos se tornam ecos que não posso ouvir.
A alma, vazia, grita por um pouco de amor,
Mas as palavras somem, e o vazio insiste em seguir.
O corpo é uma prisão, o sono é um refúgio,
Mas os sonhos são pesadelos, não há descanso.
A esperança se dilui, o futuro é um fúnebre julgamento,
E eu me perco em pensamentos, me afasto de tudo.
Tudo se torna um peso impossível de suportar,
E a luta é constante, sem vitória à vista.
Mas, ainda assim, em meio à dor, tento respirar,
Pois sei que há vida além da sombra que resista.