Um narrador meticuloso, esperto e perigosamente lúcido se envolve mais profundamente em um monólogo de obsessão, controle e autoenganos.
Ele assiste. Ele conta. Ele acha que é necessário. Ele acha que é inevitável. Da mesma forma, nas fronteiras silenciosas entre o amor e a posse, entre o cuidado e a vigilância, ele tecia uma rede de justificação, onde cada invasão é perdoável, e todo crime constitui uma prova de amor.
A realidade, no entanto, responde muito menos, e todas as tentativas de trazer a ordem nesse caos levaram-no a um abismo cada vez mais profundo e íntimo, onde culpa e desejo colidem, onde violência e ternura coexistem com uma naturalidade chocante. Com frio cirúrgico e lirismo sombrio, este já cronista retrata uma mente acreditando ser heroica... enquanto se relanceasse a ruína com todos à vista.
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