Na densa selva, em uma noite sem luar, um jovem caminha solitário, o chamado em seu ouvido é cada vez mais alto, simplesmente não pode se conter precisa encontrar aquele que clama.
Duas luas sua busca demora, mas nada encontrou, a dor e agonia estão consumindo suas forças mais sua vontade prevalece. Os outros não compreendem o porquê, sair em uma noite como essa em busca do desconhecido é algo que vai contra os ensinamentos dos anciões, sem a luz de Jaci está sobre todos os riscos, nas sombras espreita a boca faminta da floresta o temor que a todos atinge e que sua fúria não caia sobre o buscador, sem qualquer proteção ou arma Baíra caminha por entre a relva na procura incerta, como encontrarei? Se pergunta o jovem, como se encontra aquilo que se é desconhecido? É algo que deveria ter buscado saber antes de tudo.
Na noite escura caminha solitário temendo que Guandirô cobre o preço por caminhar em seus domínios, que Araci o guie até a alvorada.
Tambatajá o tem agraciado em sua busca, qual o objeto de tal busca? Isso ainda é mistério mas deve ser importante para atrair a atenção da boca da mata a temida Caipora...