The words bleed .........
As palavras sangram, escrever é como rasgar o ventre e expor as suas entranhas e vísceras, num mar de sangue. 
É certo que sempre tive o desejo de escrever, mas também, por certo, nunca tive o talento para tal. Uma vez a professora de português nos desafiou a escrever um conto. Eu nunca fui bom no aprendizado da língua pátria, convenhamos, nunca fui bom em aprender nenhuma língua, na verdade, até tive  grande expectativa quando na quinta séria comecei a ter aulas de inglês, mas problemas da escola pública, as aulas eram horríveis, the verb to be era um verdadeiro saco.  Gramática nunca foi o meu forte, eu só me salvava na literatura e na redação. Voltemos ao desafio, a professora, lembrei o nome, Maria Teresa, nos desafiou a escrever um conto, não consegui, não tive uma boa ideia e plagiei ou não entregava nada, ela percebeu, claro e acho que decepcionada me indagou e eu respondi que não conseguia pensar numa história, enfim, o conto não saiu. Isso foi a muito tempo, décadas atrás, não sei bem se mudou muito, talvez escrever um conto com a maestria dos grandes mestres da literatura ainda seja uma missão impossível, não sei, mas resolvi começar a liberar a imaginação e começar, pela centésima vez a escrever alguma coisa. Não existe hora para escrever a melhor hora é quando, impulsionado pelas ideias, surge a vontade, e sentado lembramos daquilo que nossa mente construiu, e lançamos as palavras aos turbilhões. Por isso estou aqui na frente do computador digitando, rasgando o ventre e retirando vísceras, enquanto o sangue jorra copiosamente, exagero, não sei, veremos .......