Minha mente é como uma multidão, barulhenta, cheia de pequenos fragmentos indo e voltando com ou sem destino certo, onde cada ruído se faz ao mesmo tempo até se tornar um barulho ensurdecedor capaz de me capturar dentro de mim mesma. Presa numa linha de raciocínio, mas divagando indefinidamente, indo e voltando em pensamentos de um ponto a outro sem parecer se perder, ou quase nunca. 
As palavras fazem o ruído se aquietar, é o momento em que uma alma solitária abre as asas no meio do tumulto e ganha liberdade, se torna capaz de ver o mundo em outros ângulos e perspectivas, aprendendo a descrever o que está diante de seus olhos. Dos olhos de dentro e de fora. Com os olhos da emoção e da realidade, entrelaçadas e lutando uma contra a outra.
Ou apenas tentando se libertar e se aquietar, sentir cada migalha de emoção e voar.