Eu me reinvento a cada instante. Às vezes, é preciso jogar fora o que não combina mais conosco. Se reinventar. Se libertar. Essa é simplismente a metamorfose da vida. Tímida? Não. Posso ser a mais antipática, ou a mais legal, isso depende de você. Me dê espaço e eu falo o dia inteiro. Mas quando o espaço falta, eu simplismente me calo e vou embora. Nem sempre de corpo, mas de alma. De coração.
Ás vezes, vazia. Ás vezes, tão cheia, prestes à transbordar. Não gosto de extremos, porque , tanto em um quanto em outro lado, sempre há a chance de cair, prefiro o meio.
Sim, tenho múltiplas faces. Instinto de sobrevivência.
. Sou cruel, bondosa, inocente, chata, entediante, legal, amiga, inteligente, idiota, malcriada, educada., antipática. a mocinha, a vilã, a malvada e a boazinha.

se você acha que me conhece tente descobrir os meus segredos mais obscuros e então tente desvendar as pistas que eu deixo aonde passo, poucos percebem, pouquisimos tentam e absolutamente ninguem consegue.

“Eu, por exemplo, gosto do cheiro dos livros. Gosto de interromper a leitura num trecho especialmente bonito e encostá-lo contra o peito, fechado, enquanto penso no que foi lido. Depois reabro e continuo a viagem. Gosto do barulho das paginas sendo folheadas. Gosto das marcas de velhice que o livro vai ganhando: a lombada descascando, o volume ficando meio ondulado com o manuseio. Tem gente que diz que uma casa sem cortinas é uma casa nua. Eu penso o mesmo de uma casa sem livros.”

— Martha Medeiros