Queria começar citando meus apelidos, mas já faz tempo que sou apenas "Sarah", embora cada dia eu veja uma Sarah diferente diante do espelho.  

De qualquer forma, posso dizer que a Sarah gosta de muitas coisas, mas desgosta de tantas outras, e, no meio dessa confusão libriana, tenta não ser uma velha escondida no corpo de uma jovem de 20 anos (e contando), mas confesso que ela falha miseravelmente diversas vezes, o que resulta em uma sexta à noite em casa, sozinha, assistindo à Brooklyn Nine-Nine e comendo panetone. 

Preciso também contar que ela não tem o dom da escrita - é lenta para escrever; muda a ordem das palavras e o conteúdo um trilhão de vezes; coloca adjetivos demais e se perde nas ideias. No entanto, é uma paixão, e por isso ela continua procurando conciliar esse sonho de publicar um livro com a vida de uma universitária-estagiária. 

Ah!, um detalhe avulso sobre a Sarah: ela fez um ano de Letras na USP, mas detestou o curso. Então, hoje, é bolsista em uma instituição privada e cursa Direito. E isso implica em outra informação inútil sobre ela: a Sarah adora o Direito! É um curso lindo, apesar do mercado de trabalho ser meio cruel e estar completamente saturado. 

A Sarah também ama seus cachorros, e adoraria um dia ter gatos. 

Enfim:

"Queria ser escritora, escritora de verdade, pois, se eu fosse, imagino que não estaria fazendo uma confusão tão feia com essa história. Me perdendo, tropeçando nos meus pés. Queria ser lúcida o suficiente para sempre distinguir fato de imaginação, mas, como Caroline costumava dizer, se desejos fossem como cavalos, os pedintes poderiam cavalgar."
(Caitlín R. Kiernan - A Menina Submersa [memórias])

Por enquanto, é isso.