Hey...

É engraçado como, quando temos de escrever sobre nós mesmos, as palavras parecem fugir. Isso sempre faz-me questionar se realmente conheço quem sou. Pode soar ridículo aos seus ouvidos, eu bem sei...mas não deixa de ser a verdade. Talvez um dia, você, indivíduo cujo nome e face desconheço, seja capaz de revelar-me o que permaneceu como ignoto para mim durante os dezessete breves anos de minha vida. Claro, está não lhe é uma tarefa designada e obrigatória, todavia, seu interesse só poderia fazer-me bem. 

Acabo por não ter-lhe revelado nada sobre quem sou, não é verdade? Oh, perdoe-me por este lapso,  mas não vejo o que sobre mim poderia-lhe ser tão indispensável... 
Meu nome não é de grande importância, mas não recusaria-me a revela-lo, se assim pedisse. Minha idade já lhe foi dita e, minha localização geográfica é tão inútil quanto a cor de meus cabelos ou olhos. 

Não diria que sou comum, pois seria modéstia, nem especial, pois caracterizaria presunção. Sou apenas...diferente, de uma forma que cabe a você julgar. Por favor, peço-lhe que não se assuste por minhas palavras confusas. Mesmo que à esta altura já considere a possibilidade de minha insanidade, por obséquio, não vá! Ainda a muito há ser contado, ao mesmo tempo que omito o que realmente importa em meio a palavras jogadas ao vento.

Decifre-me.