O outro mundo de Alice - Livro II
(Não aguentei a vontade e tô escrevendo a continuação)
[...]Despertei de vez quando meu nome foi dito com mais força. Olhei para os lados e estava em casa, deitada na cama. O livro aberto e todas as luzes apagadas. Sentei apressada, a camisola perto dos seios suada e a respiração ofegante. O relógio na parede mostrava 1h45 da manhã e a chuva era forte do lado de fora. Fechei a janela com pressa para que nada se molhasse e fui tomar um pouco de água na cozinha. A dor de cabeça tinha passado, mas a sensação ruim, não. — O que está acontecendo comigo? — Me joguei no sofá e meus olhos olhavam o vidro da TV desligada. Eu podia me ver naquele brilho escuro, meus cabelos ruivos, minha pele branca e meu rosto cansado. Nada de diferente, apenas eu.
[...] Meu desespero era gigantesco e a cada dia me afundava na vontade de ter minha outra vida. Sempre que minha mãe entrava no quarto eu estava chorando e deitada. Foi uma fase muito complicada e por isso comecei a fazer terapia e natação. Os resultados apareceram e percebi que era apenas uma adolescente de dezessete anos que achava ter vivido um conto de fadas. Minha psicóloga adorava fazer comparações da minha história com a Alice nos país das maravilhas.