Transitar à beira do abismo
Cair na rotina bumerangue
Ir e voltar, sem fixar
Transitar entre mundos.

Partir e voltar, sem ficar
Ritmo pendular na corda bamba do destino
Perambular inconscientemente
Entre a realidade e a ficção

Adorna-se de estrelas,
Para levitar em galáxias
Pés ancorados na terra, fincados na pedra

Sem se libertar
Nadar no seco, caminhar nas marés
Transitar entre fronteiras, não pertencer
E fazer parte do todo

Vagar, penar...sonhar
Sozinho no vazio tumultuado de seres
Transitar entre fronteiras
Ir ao fundo de encontro ao topo

Carregar trevas à sombra de velas
Bambolear ou bailar às vésperas
Do fim em direção ao principio