Uma nova história, Um Novo Gênero
Respirei fundo antes de digitar as primeiras palavras. Não era apenas mais uma história; era um salto para o desconhecido, um género que nunca explorei antes. O mistério policial sempre me fascinou, mas aventurar-me a escrevê-lo parecia assustador. As minhas mãos tremiam, não de medo, mas de excitação e dúvida misturadas. "Será que sou capaz?", perguntei-me. "Será que os leitores vão gostar? Será que vão acreditar nas minhas personagens, na trama, no mistério que eu planeei com tanto cuidado?"
Escrever é sempre um exercício de coragem, mas esta história parece exigir ainda mais de mim. É como entrar num território novo sem mapa, onde cada palavra é uma escolha que pode levar ao sucesso ou ao fracasso. É uma dança delicada entre revelar e esconder, entre enganar o leitor e surpreendê-lo no momento certo.
As vozes na minha cabeça – as personagens que criei – são tão novas quanto o género que estou a explorar. Eles sussurram segredos, contam histórias que preciso juntar como peças de um puzzle. É desafiador, mas também estimulante. Quero que cada pista faça sentido, que cada reviravolta deixe os leitores com a respiração suspensa.
A ansiedade vem em ondas. "E se ninguém gostar?" Mas logo penso: "E se esta for a melhor história que já escrevi?" Afinal, prometer dar o meu melhor é mais do que uma declaração; é um compromisso. É uma promessa a mim mesma e às minhas 'estrelinhas lindas' de que vale a pena correr riscos, tentar o novo, deixar a criatividade fluir para um lugar inexplorado.
Este não é apenas o início de uma nova história. É o início de um novo capítulo na minha vida como escritora. Mesmo com o medo de falhar, vou dar cada passo com determinação. Porque, no fim, o verdadeiro mistério não é o enredo que crio, mas o que ainda posso descobrir sobre mim mesma como autora.