" — Q-qualquer posse?!... — a indagação foi lançada, trêmula quanto tentava se aconchegar na cadeira de madeira em uma tentativa de que seu corpo parasse de contrair seus músculos contra sua vontade. — E ... Escravos? — agora o que a Contra-Almirante, se é que poderia ser ainda chamada assim, explanou momentos atrás faz sentido. O pensar de que ela seria capaz de fazer isso com alguém de dentro dos próprios fuzileiros navais a aterrorizou. Por que o Governo Mundial daria aval a isso? “O Almirante de Frota não permitiria isso?!”
— Escravos não passam de posses, não há diferença. —a oficial mais velha respondeu simplista até aquele momento. Segundos de silêncio, se passaram, a fuzileira de baixa patente poderia comparar o silêncio momentâneo com a sensação da espera de um retaliar — Responda-me, se escravo é apenas aquele preso a correntes pesadas? — Arzdra perguntou quase que retoricamente, dado o estado da jovem a sua frente. Mirando a outra à espera de alguma resposta, logo virou o olhar. — Se a resposta for não, até um Deus, eu, sou escrava. Então porquê eu não faria dele um escravo? — pela primeira vez desde que conheceu a Oficial, a viu sorrir."