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Aos doze anos, eu já tinha escrito pelo menos três livros completos (foi o que eu tentei reproduzir pela segunda vez ao escrever os dois volumes de Neblina Mental). Tudo começou com a personagem Thalita Sieger, uma das protagonistas de Neblina Mental. Ela foi a primeira coisa que eu criei.



Publiquei meu primeiro livro, O Mistério de Layna, bem perto dos treze anos ou já aos treze. O que importa é que por várias razões que não convém no momento, eu tirei o livro de circulação em 2016 ou no começo de 2017, e comecei a reescrever tudo. Afinal, por causa de um problema no computador onde eu costumava escrever, perdi 100% do meu trabalho. Tudo o que me restava era uma versão impressa de O Mistério de Layna, que eu pude reler para saber mais ou menos o tipo de trabalho que eu fazia. 



Se eu melhorei nesse meio tempo? Sim, é claro que sim. Não tenho nenhuma vergonha do que escrevi aos 12 anos, de modo algum. Foi o que me impulsionou. Ninguém começa em seu perfeito estado e, se quer saber minha opinião, acho que sempre haverá algo que podemos aprender com o tempo e com nós mesmos.



Fiquei alguns anos quase sem escrever nada. Na verdade, cheguei a deixar Neblina Mental na gaveta por alguns meses, mas depois eu comecei a escrever de novo. O segredo é criar um hábito e nunca se cansar de escrever. Eu nem consigo tirar férias disso.



Eu sou do tipo tímida, péssima para puxar assunto, mas costumo ser uma pessoa legal. Meu passatempo é ficar problematizando as coisas e, se você faz parte da turma "o mundo tá chato", eu espero que em algum momento eu consiga mudar a sua opinião. Feminista, bissexual defensora dos direitos LGBTQ+, anti-racista... é, eu pretendo mesmo mudar sua cabeça e mostrar que o mundo seria mais fácil se as pessoas simplesmente se respeitassem, embora nem sempre a gente consiga fazer isso o tempo todo.