MelloOver

Parte 6 — Final
          	
          	Enquanto as flores que florescem das clavículas de Aiko significam seu futuro encarado. Elas são eternas opostas iguais, são simétricas para sempre. Perpetuamente iguais e equivalentes, perpetuamente se neutralizam e formam os pontos de referência, porque a partir do amor se deduz o ódio, o oposto é a coisa mais fácil de se deduzir a partir do ponto de referência que você escolher. Isso é reforçado quando, ao início da trama, Anahí corta seus cabelos, e Aiko os mantém grandes, ao final dela, no epílogo, Anahí possui cabelos longos de novo, e Aiko possui cabelos curtos.
          	
          	A simbologia da minha obra é complexa, isso irá render várias self interviews neste "blog". Às faço para minha própria pessoa, e para registrar nuances da minha existência que podem se perder de forma consciente, ou melhor, que VÃO se perder algum dia.
          	
          	~Mello O.

MelloOver

Parte 6 — Final
          
          Enquanto as flores que florescem das clavículas de Aiko significam seu futuro encarado. Elas são eternas opostas iguais, são simétricas para sempre. Perpetuamente iguais e equivalentes, perpetuamente se neutralizam e formam os pontos de referência, porque a partir do amor se deduz o ódio, o oposto é a coisa mais fácil de se deduzir a partir do ponto de referência que você escolher. Isso é reforçado quando, ao início da trama, Anahí corta seus cabelos, e Aiko os mantém grandes, ao final dela, no epílogo, Anahí possui cabelos longos de novo, e Aiko possui cabelos curtos.
          
          A simbologia da minha obra é complexa, isso irá render várias self interviews neste "blog". Às faço para minha própria pessoa, e para registrar nuances da minha existência que podem se perder de forma consciente, ou melhor, que VÃO se perder algum dia.
          
          ~Mello O.

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Parte 5 
          [...]
          
          Se você sabe a natureza de 1, você pode deduzir a natureza da maioria dos outros, se não, de todos. Aiko nasceu como um contraponto de Anahí, Aiko é o apego ao passado, Anahí o desapego e fobia deste; Aiko é a fobia do futuro, o apego excessivo pelas coisas que já foram, as interpretando muitas vezes de maneiras errôneas, de formas hiper românticas, que atribuem valor excessivo ao passado, sem entender que ela apenas o valoriza por conta de ter sido privada de viver uma vida livre por conta do tradicionalismo de sua família hipócrita. Ela é o desgosto pelo futuro ao "entender" que o futuro jamais será igual ao passado, o que entra em conflito com seu ego, pois ela super valorizou o passado, desvalorizando então o futuro.
          
          Enquanto isso, Anahí é o apego excessivo ao futuro, ela hiper valorizou o futuro por acreditar na inferioridade perpétua de seu passado; ela em essência acredita que todos podem ser melhores que ela, então é nítido que acha que tudo o que a compõe (past_ego'+past_ego''+past_ego'''...) é inferior, e que os seus próximos "egos" serão sempre melhores que os egos anteriores, mesmo que, sem os egos passados, por conta de seus egos serem uma progressão geométrica, eles não podem existir.
          
          Mello Over nada mais é que Melancholy Overseas após uma brincadeira com as palavras. Por que você acha que em todos os cantos do planeta existe a depressão? O stress pós traumático? Porque os nossos genes possuem a mesma base, independentemente de onde estivermos, e isso deveria ser claro para todos. Nós apenas nos manifestamos de formas diferentes, mas somos os mesmos.
          
          Anahí e Aiko são 1 e -1, ambas com os mesmos pontos de referência, então parecem diferentes, mas não são. Ao final, as flores que florescem nas costas de Anahí são a soma direta entre ela e Aiko, elas são os frutos do passado, a aceitação daquilo que ela negou em algo estranho, inesperado e bonito.
          
          

MelloOver

Parte 4
          
          Todos nessa obra representam as minhas ideias ocultas sobre existência, a dependência de variáveis, que só podem existir porque existem outros. Afinal, só existe um ego porque existem outras pessoas, daí nasceu a necessidade de expressar de forma nítida os limites falhos entre eu e você. Algo que quase não existe, é algo inventado, porque você também definiu quem eu sou, da mesma forma que eu defini você, mesmo que você não me conheça. Então você é parte de mim, e eu sou parte de você, mesmo que você queira negar, nós somos todos a mesma base, temos os exatos mesmos containers, a única coisa que se altera é o tipo de uma mesma característica (ex: calma e agitada, esses são o tipo da característica temperamento que podem preencher este container) que preenche nossos containers iguais.
          
          O que explico nessa obra é a igualdade, pois o ponto dela é a desigualdade social. A igualdade entre pessoas que parecem diferentes, e isso é o que explica a minha introdução que para você provavelmente se perdeu ou foi esquecida, finalmente chegamos ao ponto. Anahí foi a primeira que criei, todo o resto partiu indiretamente dela, mas o que ela é? O começo? A mais importante? Não. Ela é um ponto de referência, da mesma forma que 0 é o ponto de referência pra 1 e -1.
          
          
          [...]

MelloOver

Parte 3
          [...]
          
          Meus sentimentos pelas pessoas que amei sempre foram uma mistura de amor e ódio, mas, no fundo, esse amor e esse ódio sempre foram direcionados apenas a mim, afinal, não se ama algo além de você mesmo. Odeio a ingenuidade, a cegueira que essas pessoas nutrem porque eu odeio a cegueira que me corrompe, odeio a ideia de independência, a ideia de estar desconectado de tudo, como se sua dor fosse só sua, sem afetar quem está ao seu redor. Odeio quem pensa assim, odeio quem age de acordo com isso, odeio porque isso machuca a mim, odeio a sociedade in vitro em que eu estava, então minha única saída foi quebrar o vitro e sair de lá eu mesma. Porque eu não sou nada além de uma célula, a única coisa que posso fazer é sintetizar as minhas próprias informações e esperar que o outro entenda seu papel também e faça o mesmo.
          
          Este é o ponto por trás dessa história, as minhas ideias representadas de formas lúdicas, você vai encontrar apenas as suas próprias respostas pra o que aquele livro representa, ele será único pra você, você vai entendê-lo a sua maneira, da mesma forma que entende este texto da sua própria forma. O livro que você vai ler vai ser diferente, porque vai ser único a depender da equação que define sua identidade naquele momento, e as versões da sua interpretação vão variar conforme você lê de novo e de novo, jamais será uma dízima periódica, é irracional e infinito.
          
          Anahí é exatamente assim, suas ideias mudam quando ela encontra outros fatores, quando ela finalmente entende que outras variáveis que são tanto dependentes quanto independentes existem ao seu redor. Quando finalmente entende que sua visão é limitada pelos seus olhos, que sua visão é limitada pela sua capacidade de ver.
          
          [...]

MelloOver

Como pessoa além do papel, me senti muitas vezes cansada daqueles que amo, porque as pessoas que estavam presentes na minha vida entendiam seus traumas, mas não pareciam querer melhorar. Não as condeno pelos seus traumas, porque elas não têm culpa por eles, mas não fazer esforço para superá-los é questionável. Isso inclui quem me inspirou para criar a Anahí. 
          
          É uma situação que foge do meu controle, seu trauma sempre vai se intensificar enquanto a inspiração estiver com sua mãe. Não há pra onde fugir, e ela também é em sua essência uma criminosa pior que a mãe da Anahí. A única solução que existe para seu câncer mental pelo menos parar de se desenvolver é a remoção completa do catalisador. Entendo isso, mas, ainda me machuca estar perto de pessoas machucadas, mas não unicamente machucadas, me refiro àquelas que se machucam porque o mundo às machucou.
          
          Anahí se machuca como forma de repetir as perversidades feitas com ela, repetindo tudo que já foi registrado pela sua mente. E é isso que essa pessoa começou a fazer. Enquanto eu escrevia este original, já tinha planos que iam um pouco mais longe do que a mentalidade dessa pessoa, mas quando voltei a interagir socialmente, senti o gosto amargo de não poder proteger aqueles que eu amo, por ser apenas um íon em um universo enorme, o máximo que posso fazer é transmitir informações a outros íons e contribuir pro funcionamento do universo, mas nada mais do que isso de forma direta.
          
          A pessoa havia começado a se automutilar, e nesse momento eu senti a frustração de não ter ficado com a pessoa enquanto ela não estava pior. Neste momento, não posso mais interagir com ela. Pra mim, é como um câncer. Não sou mais do que uma célula em minha sociedade in vitro, e quando uma dessas células se manifesta cancerígena, eu provavelmente me torno a próxima célula cancerígena. Foi assim que me senti, contaminada com o "veneno" que ela bebeu achando que isso afetaria apenas a ela.
          
          [...]

MelloOver

ৎ ˚⋅⠀꒷Cυriosidades ("self interview")૮₍⇀‸↼‶₎ა⠀˙ ᯤ◞ ྀི #1
          Parte 1
          →Raízes da Inveja
          
          A primeira personagem da trama a ser criada foi Anahí, a dita personagem seria utilizada apenas para representar a letra da música poética Roots of Rebellion, metafórica para desigualdade social, servindo unicamente como personificação dessa música. Como autora, eu possuía planos ligeiramente diferentes para Anahí, pensei em uma pessoa tímida, insegura, sensível e romântica, mas essa ideia logo foi descartada por certas razões.
          
          Uma delas seria o fato de que, retratá-la assim romantizaria um complexo de inferioridade e faria parecer que seu tipo de inveja vinha apenas de fatores externos e de injustiças, quando, na verdade, seu complexo é um trauma repetitivo que constantemente repete as afirmações de inferioridade que recebeu no passado. Minha letra reflete um comportamento autodestrutivo causado pela desigualdade social, eu não poderia, sob hipótese alguma, apresentar uma personagem saudável como uma pessoa que foi simplesmente injustiçada. Sem contar com o fato de que Anahí foi inspirada em uma pessoa real, que está longe de estar bem mentalmente.
          
          Então, como autora, retratei Anahí como uma hiper-romântica patológica, pois, como está nítido, mesmo que a vítima ainda seja uma vítima, seu trauma a perversifica em muitos pontos de sua vida. E essa perversão não deve ser discriminada ou maleficada, mas entendida, compreendida e tratada. Anahí não é uma pessoa má, mas uma pessoa que responde ao ambiente ao seu redor com neuroticismo, violência, ódio, ressentimento e diversos outros sentimentos negativos. São apenas a repetição dos dados que seu cérebro adquiriu conforme ela experienciava suas vivências.
          
          [...]

MelloOver

   ꒰ྀི ⠀Sყmbologყ ʚ♡ɞ Chat︩︪!    ᲐᲐ    
          Dedico essa parte de meu perfil a registrar de forma mais profunda a simbologia de todas as minhas obras que foram e serão postadas;
          Em breve farei os primeiros registros!
          ~Mello O.