Parte 5
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Se você sabe a natureza de 1, você pode deduzir a natureza da maioria dos outros, se não, de todos. Aiko nasceu como um contraponto de Anahí, Aiko é o apego ao passado, Anahí o desapego e fobia deste; Aiko é a fobia do futuro, o apego excessivo pelas coisas que já foram, as interpretando muitas vezes de maneiras errôneas, de formas hiper românticas, que atribuem valor excessivo ao passado, sem entender que ela apenas o valoriza por conta de ter sido privada de viver uma vida livre por conta do tradicionalismo de sua família hipócrita. Ela é o desgosto pelo futuro ao "entender" que o futuro jamais será igual ao passado, o que entra em conflito com seu ego, pois ela super valorizou o passado, desvalorizando então o futuro.
Enquanto isso, Anahí é o apego excessivo ao futuro, ela hiper valorizou o futuro por acreditar na inferioridade perpétua de seu passado; ela em essência acredita que todos podem ser melhores que ela, então é nítido que acha que tudo o que a compõe (past_ego'+past_ego''+past_ego'''...) é inferior, e que os seus próximos "egos" serão sempre melhores que os egos anteriores, mesmo que, sem os egos passados, por conta de seus egos serem uma progressão geométrica, eles não podem existir.
Mello Over nada mais é que Melancholy Overseas após uma brincadeira com as palavras. Por que você acha que em todos os cantos do planeta existe a depressão? O stress pós traumático? Porque os nossos genes possuem a mesma base, independentemente de onde estivermos, e isso deveria ser claro para todos. Nós apenas nos manifestamos de formas diferentes, mas somos os mesmos.
Anahí e Aiko são 1 e -1, ambas com os mesmos pontos de referência, então parecem diferentes, mas não são. Ao final, as flores que florescem nas costas de Anahí são a soma direta entre ela e Aiko, elas são os frutos do passado, a aceitação daquilo que ela negou em algo estranho, inesperado e bonito.