A. P. Liddell é apenas uma das máscaras de um ser simples que almeja demais em sua limitada vida. Sonha em viver em sua própria criação, beber uma xícara de chá com seus personagens e desbravar seus universos. Entretanto, o que lhe resta é se conformar com uma sensação de não-pertencimento perante o universo que habita. Alimenta sonhos inalcançáveis e age sempre como se estivesse no enredo de um filme, sem descarte a uma boa trilha sonora.
Embora tenha uma casca jovem, minha mente é muito velha, assim como diz Oasis em Half The World Away. E sinto que os meus sonhos estão a meio mundo de distância, assim como a lua e as estrelas, que parecem tão pequenas vistas daqui, mas que possuem uma esplêndida grandiosidade vistas da janela de um foguete. Bem, é assim que me sinto escrevendo. Me sinto em um foguete, atravessando o espaço e avistando meus sonhos de tão perto que poderia tocá-los. Mas quando o combustível se esvai aos poucos, sinto o chão se aproximar e minhas asas recolhem-se paulatinamente, voltando a uma realidade medíocre e sem sal comparado ao que vi pela janela do foguete. Essa é a sensação quando a inspiração me abandona com meus próprios demônios.
Meus foguetes, além da escrita, é a música, que funciona como uma espécie de portal, que me leva diretamente aos mundos que criei. Nesta categoria, tenho a necessidade de citar Aurora, uma das minhas musas inspiradoras.
Outras coisas que me fazem voar e ver meus sonhos mais de perto são climas frios e enevoados, chuva, livros e o contato com a natureza.
- Wonderland
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