anarhue

oi Ana
          
          minha amiga @meraffernandes está escrevendo um livro sobre o romance que ela e o namorado dela viveram!
          
          vc iria amar!! que tal correr até lá e garantir o surto de hoje? 
          
          Sinopse: Aos quinze anos, garotas imaginam a vida perfeita para o futuro: namorados loiros e robustos; beijos e transas liberados pela liberdade da maioridade; a profissão dos sonhos encaminhada; e dinheiro.
          
          Com Hanna Fernandes não era diferente. Junto à suas amigas — tão iludidas quanto ela — fazia um futuro perfeito em sua imaginação, com direito à uma enorme casa em Beverly Hills; um carro tipo desses magnatas que não sabem onde enfiar tanto dinheiro; dois filhos e um homem incrível, do tipo que lava a louça do almoço e desentope a privada, do tipo que lê livros e balança uma cama como os personagens masculinos de romances clichês.
          
          Talvez as quinze primaveras que Hanna tinha tido o privilégio de viver até ali, tivessem sido apenas o significado de tédio. Sem nunca ter encostado sua boca em alguma outra, ou sequer abraçado algum garoto senão seu pai ou o irmão, Davis.
          
          Seu Instagram com duzentos e poucos seguidores era tão pacato quanto sua vida. Hora ou outra, ela recebia alguma solicitação de pessoas aleatórias. Mas não se dava ao trabalho de olhar quem era e o que o tinha levado a lhe enviar uma mensagem.
          
          Dizem que o destino gosta de pregar peças que nós — meros mortais — jamais planejaremos pro nosso próprio futuro. E foi justamente o que veio a acontecer na vida de Hanna.
          
          Ao receber um “Heyy” de um perfil curiosamente chamado de coronavirus, no dia oito de Abril, em plena pandemia do vírus que já havia levado milhões de pessoas consigo; Hanna jamais preveria que responderia justamente aquele perfil quatro dias depois.
          
          E previu menos ainda que depois de digitar um simples “qm é…?” abreviado, estaria destinada a enviar todo dia para o perfil com nome de doença contagiosa, um “Goodnight, Dan”.