Olá, nova amiga de alma.
Somos "contemporâneas", escrevi meu primeiro poema em 1985 também, mas os poemas do primeiro livro, Manteiga Voadora, são de 1988 a 1998.
Me chamou atenção o que e como vc escreveu:
"escrever um livro, mesmo que digital..."
Somos a última geração viva antes dos livros digitais, e se não fossem por eles, não estaríamos conversando. Nós conhecemos as solidões das madrugadas onde tudo que tínhamos eram a caneta e o papel. Nessa época, nem computador, ah tinha a gloriosa máquina de escrever.
E o Silêncio e a Solidão foram nossas companheiras, amigas e professoras. Amo esse casal, protetor dos escritores. Não merecem um poema, merecem um livro inteiro.
E você? Merece um abraço e um cafuné por ter essa coragem que nos é difícil, de ter que escolher se expor, para que nossos escritos se tornem conhecidos. Visíveis eles já são, as letras que voaram do papel para a tela eletrônica de quem nos lê. Somos sortudas por sermos quem somos, por poder viver nos dois mundos, o totalmente analógico e o atual digital, que nenhuma outra geração será capaz de viver. crianças até 4 anos já são 'nativas digitais".
Que a seiva analógica que corre nas nossas veias nos alimentem com mais palavras com as quais possamos nos comunicar.
E obrigada por existir na internet, pois em 2016, quando entrei aqui, pensei como todos, "quem vai ler poesia?"
Na dúvida "se vc é um robô", é a arte que nos torna Humanas.
Essa conversa vai longe... abraços sinceros e cariocas (e vive versa).