Quando somos jovens, amamos o barulho.
Não só os sons, mas também as interações. Conversar até mais tarde com um grupos de amigos, conhecer gente nova, saber mais sobre muito.
Mas, quando a idade chega, aprendemos a apreciar o silêncio. Não apenas o silêncio da ausência dos sons, mas a complexidade de algo simples. A forma que traz conforto e paz. A imagem bonita de um dia sem perturbações, o som que a vida cotidiana tem e que, muitas vezes, deixamos passar despercebido.
Se aprende a gostar de momentos que antes pareciam entediantes. O amadurecimento dos sentimentos e o entendimento que levou anos para construir.
Há silêncio no caos. E há silêncio no coração. A mente pode estar agitada, mas, se o ambiente estiver calmo, tudo pode ser resolvido.
Não há por que se desesperar, o estresse não vai te deixar mais jovem, menos ainda fará a dor nas costas desaparecer.
O peso da vida adulta não diminui com o desespero. Porque, no fim de tudo, as linhas finas vão continuar contando a história da passagem do tempo, enquanto se espremem no sorriso de mostrar os dentes, que um dia também irão desaparece.
— não tem motivos, só quis escrever