Às vezes, deixar alguém partir não significa esquecê-la, mas reconhecê-la como parte de um capítulo que já cumpriu seu papel. Podemos amar alguém intensamente, e ainda assim entender que o caminho dela ou o nosso agora pede outros rumos. Isso não diminui o que foi vivido — ao contrário, honra tudo que aquela pessoa trouxe de bonito, mesmo que não continue ao nosso lado.
Quando seguimos em frente, carregamos não só saudade, mas também aprendizados, força e, muitas vezes, um novo espaço para algo que ainda nem imaginamos.
E por mais que isso traga um vazio, também carrega beleza. Você viveu algo que te marcou, que ensinou, que fez vibrar. E agora, mesmo que esteja distante, virou parte da paisagem interna — aquela que a gente visita de vez em quando, com um sorriso meio melancólico.
A lembrança pode ser um lugar de acolhimento, não de dor. Talvez ela não esteja mais na sua rotina, mas continua existindo em você, transformada em poesia, em saudade boa, em pedaços de quem você se tornou.