Nasci no meio de uma tempestade. E no meio de uma tempestade percorri o curso da minha vida. Não pretendo terminá-la no meio de relâmpagos (...), mas numa suave melodia que deverá se extinguir num oceano sem fim. Perguntam-me de onde vim, e digo que fui encontrado. Perguntam-me onde fui encontrado e digo que vim da mesma substância de Goethe ou Verne. Não é uma pretensão. É um sonho do qual nunca se quer acordar. Aqui ( ó Teófilo), todos voaremos com as mesmas asas, e poderemos nos refugiar em páginas infinitas como numa caverna. Não a de Platão, mas talvez uma daquelas cuja saída nossa imaginação deverá encontrar.