Rodrigo Da Silva

A lágrima de um demônio 
          
          A quem irá emocionar se agora neste instante um demônio chorar? Me digam!!
          Se ele jurar em meio aos prantos que se arrepende 
          A quem convence essa súplica?
          Não creio que hajam corações dispostos a ouvir.
          Mas ele chora, baba e balbucia por perdão.
          Será que existem pecados imperdoáveis?
          

Querida 
          
          Seu olhar é um tsunami que me invade.
          Seu sussurro é um alto falante. 
          Seu sorriso é uma pintura falsificada. 
          Seu gosto é... é apenas o seu gosto.
          Querida, não seja aquilo não é. 
          Entregue-se para o altar
          E sacrifique-se de corpo inteiro
          Assim como eu.

Delirante 
          
          Meu mundo é uma miragem:
          Imagem que confunde a paisagem 
          Que embebeda o ausente
          E faz crer o descrente. 
          Subindo montanhas tristes 
          Para pôr alpiste
          Que irão alimentar, quem sabe pássaros 
          Ou talvez nada.
          
          Me sinto armagurado 
          Como se estivesse sedado
          Em um mundo que parece sadio,
          Mas não é. 
          E eu tenho medo, pois me falta fé.
          Não consigo soltar um pio.
          
          Eu vou me afogando em uma poça d'água 
          Afobado e delirante sem nenhuma calma.
          Enfiem as aspirinas nos bolsos.
          Minha cabeça já explodiu!

Dança das cadeiras
          
          Me sentei na calçada 
          Com a esperança na mão 
          E a tristeza no coração 
          Rugido como uma besta alada
          Dessas que nunca param de sentir fome.
          Alguém há de me perguntar o nome
          Mas não há nome, é apenas dor 
          Sem forma e sem cor.

Tanto faz 
          
          Eu atrasei a melodia
          O máximo que eu podia 
          Só pra você entrar no compasso
          E acertar os passos
          Mas suas pernas fugiram
          Quando ouviram 
          A melodia tardia
          Que eu compus em um dia
          Desses que só se aprende 
          Extraindo o que sente
          Mas tanto faz 
          Se agora você ouve ou não
          Estou em paz
          Já me desfiz das cordas do meu violão 
          E daquele desespero 
          Que era o tempero
          Que te fazia salivar 
          Enquanto eu tentava me salvar
          Agora só não quero te ver
          Nem cruzar palavras com você 
          Por mais que ainda goste de você 
          Não posso me render 
          Mas tanto faz
          Quem sabe o que a vida traz
          Nem eu, nem você 
          Sabe o que vai acontecer 

Oioi td bom? Dsclp ocupar seu tempo mas eu comecei a escrever meu primeiro livro de poesia e sua opinião é muito importante pra mim. Se você tiver curiosidade de ler vou deixar ak 
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