Quando as estrelas aparecerem, diga a elas que estou com saudade de ti e que esse sentimento aprisiona a alma em um loop de pensamentos sobre você, me deixando sem ar por míseros segundos em que o mundo para e o chão parece não existir. Diga que tu me lembra as borboletas no auge da primavera e, às vezes, a mais completa escuridão que me guia nos dias tristes cada vez mais afundo de ti.
Diga às estrelas que nós não estamos saudáveis o suficiente para continuar, que já arranquei suas memórias de minha parede enquanto chorava desesperadamente baixo para ninguém ouvir a cicatriz que você deixou em mim, que senti a mais completa dor no âmago do estômago em um dia que a saudade apertou.
Grite que nossa foto ainda é meu papel de parede do celular, que as pantufas que usávamos ainda estão no fundo do armário, que você ainda é a melhor companhia para uma leitura no final de tarde.
Mas, por favor, fale de mim.
Fale sobre mim porque ainda me pergunto se estou em seus pensamentos quando você chora, se ainda pensa em mim como uma salvação, como um motivo para continuar.
Fale de mim quando elas brilharem no azul do céu porque não há mais nada que deseje tanto quanto você citando o meu nome uma última vez para poder sorrir novamente.