O primeiro autor de fantasia com o qual tive um anel imantado foi um argentino de nome Jorge que um italiano de sobrenome Eco transformou em cego guardião de bibliotecas. Os nomes são os nomes, mas a literatura um sonho dirigido, soprou no meu ouvido o eco desse cego e, desde então, atrevi sonhar mundos mágicos, de realismo fantástico. Mas minha alma errante, com um tormento em cada porto, acabou me tirando das das limalhas de ferro das minas onde eu ainda tinha uma âncora, e me jogou, sem escrúpulos, nos umbrais dos submundos aquáticos das emoções à flor da pele. Quem entende os limiares pelos um contador de histórias deve passar? Mas, eis me aqui, décadas depois, entre os xapiris, com bem mais de meio século de desistências frustradas, pois todos os caminhos me trouxeram de volta para cá, com pequenos e grandes tropeços de sintaxe, para os quais peço-lhes, cordial leitor, paciência desde já. Esse mundo é um susto! Que alegria que você chegou ate aqui.