Olha, não espere uma história surpreendente sobre mim,  combinado? 

Tudo teve início na infância, com uma vontade insaciável de escrever cartas para qualquer estranho que eu começasse a criar afeição. Com a ajuda de vários papéis de carta e até mesmo folhas velhas de cadernos usados, espalhei cartas por toda parte, algumas ainda estão intactas como as que minha avó costumava guardar em uma bolsa secreta.

O prazer pelas palavras e o amor pelo universo da escrita nasceu assim, e com o passar dos anos foi uma das poucas coisas que continuei levando comigo após deixar tantas coisas com o passado. Por ironia do destino ou não, me tornei uma jornalista, e desde então me divido entre o dever e a diversão, e eles se misturam e eu não sei distinguir quando se trata de escrever.

As cartas para estranhos afetos diminuíram e as cartas para anônimos ganharam volume, também é pra eles que eu escrevo, porque sinto que hoje, amanhã ou depois de amanhã, eles vão precisar ler algo que eu escrevi pra encontrar um sentido, ou perdê-lo totalmente, eu espero que seja a primeira opção, talvez.

Aos 8 anos de idade, eu tinha o simples desejo de escrever uma carta para que ela fosse lida e guardada por meu destinatário, e aos 28 anos continuo com essa mesma ambição de criança. Sendo assim: - Não gostaria de entrar, tomar uma xícara de café e ler uma carta que eu escrevi? Não, não será nenhum incômodo.

Aliás, muito prazer, me chamo Savick Brenna, pode entrar!

P.s.: capítulo novo toda terça-feira.
  • Palmas, Tocantins
  • JoinedMarch 1, 2017




Story by Savick Brenna
Cartas para eu madura by SavickBrenna
Cartas para eu madura
Aqui eu começo abrir as cartas que escrevi durante algum tempo, antes cartas para eu madura, agora endereçada...
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