Toinho Paulino

@ ToinhoPaulino  Bom, como a sequência do Lobo Mau 3.0 está mais baseada na primeira e segunda temporada, acho que ficará melhor na outra história que estou escrevendo só de Legoshi com Louis, mas vou rever também os episódios da 3 temporada pra garantir alguma inspiração 

Sim, assisti, amei tudo! Estava numa saudade do Legoshi! E vamos de Gosha e Yahya. Os dois eram jovens, sonhadores, queriam fazer o bem. No caso do Gosha, eu sinto que ele sonhava com uma vida melhor, mas uma vez predador creio que ele devia saber que um mundo melhor já é algo que pode ser inatingível. Acho que ele devia ter ciência disso, mas procurava a paz, mesmo que nas sombras. Yahya me parece ter começado com um desejo nobre de poder mudar o mundo, ele era mais humilde quando achou besteira uma medalha de Beastars, mas ele também idealizava, romantizava essa mudança que ele via no horizonte. Como todo jovem sonhador querendo fazer a diferença, ele deve ter visto que o mundo e a vida não são simples assim. A humildade e compaixão que ele tinha parece ter se misturado numa obstinação, numa obsessão por deixar o mundo perfeito. E ele deve ter ficado mais cego por isso quando Gosha formou família. É como se estivesse abandonando ele, abandonando aquele sonho que Gosha sabia que não podia ser possível assim. Yahya sentiu ódio dos predadores, mas esquece que as presas também não são tão inocentes assim. Os herbívoros também são maus com carnívoros que buscam a paz. Então, é uma utopia distorcida. Quando Yahya não pôde consertar esse dilema, ele fertilizou o solo com carnívoros como uma punição contra algo ruim pra se tornar algo bom como alimento, é uma coisa simbólica, apesar de macabra e brutal. Já Sagwan, ele tem um jeitinho bem Buda de ver e viver a vida. Ele aceita as inconstâncias da vida no mar, ele aceita conviver com a cadeia alimentar do jeito que ela é, por ser algo imutável, pelo menos não sem consequências como aconteceu com quem vive em terra. Sinto que ele é muito zen com tudo isso. E zen é isso: aprender a viver com coisas imutáveis, buscar a sabedoria na ruína e se reerguer das cinzas, saber que nada é eterno e viver de bem com todos, gostei muito do Sagwan por conta disso, ele me lembra um pouco o Jake do Hora de Aventura com essa sabedoria de vida