Amor. A maior parte dos delírios começam no amor. Aquela sensação de borboletas no estômago, o calor no rosto, os arrepios que vão da ponta dos dedos até o último fio de cabelo, mas principalmente os pensamentos. Ah, os pensamentos. Aquelas sementinhas que vai sendo regadas e adubadas pelas ilusões de que um dia a pessoa amada será sua.
Porém essa história é sobre amor indesejado, não recíproco, chegando a ser até mesmo doentio.
Nosso protagonista, que talvez seja um dos únicos que não é um herói, não pôde fazer nada contra esse tipo de amor. Foi, infelizmente, sufocado por toda aquela atenção.
Os olhos dele se abriram por conta da fresta de luz que passava pela cortina. Acabara de acordar de um daqueles sonhos em que achamos estar fazendo tudo que deveríamos fazer, mas na realidade estávamos dormindo.
Confuso, pegou seu celular e, quase imediatamente, o jogou na cama novamente. O aparelho marcava exatamente 08:00, horário na qual ele já deveria estar na cadeira da sua sala de aula, esperando a explicação de matéria que ele não se interessaria de qualquer jeito.
Quero dizer, ninguém se interessaria em algo que só está estudando pela pressão familiar. É claro, medicina é uma carreira que pode garantir uma ótima vida financeira, mas sejamos honestos: é cansativo estudar por anos, algo que você nunca quis pra sua vida.
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julguem ai