Ainda daquela de Moongi
A música tocava alto no sutil estabelecimento, as pessoas dançavam animadas ao som do DJ mais conhecido da cidade, as luzes tornavam o ambiente uma bomba de psicodelia, rachadura, a casa de festas noturna, ou bar do Bira como era conhecido durante o dia, era melhor local de socialização e petiscos, era o ponto favorito dos cidadãos para curtir seu tempo livre.
A cidade de Valigma, conhecida por seus mistérios nunca resolvidos era lar das mais variadas pessoas, governada por Jota Macedo tinha como seu lema a reconstrução e persistência desde seus primórdios, e pensando nisso que uma detetive particular de grande prestígio fora contatada para manter as coisas em ordem, e num lugar como este era de se esperar que finalmente pudesse sentir de novo a euforia do trabalho que tanto amava, deixar de lado o divórcio (mesmo que não houvesse tudo casamento), e as decepções de sua última moradia em uma ilha quase deserta.
Mas as coisas não andavam muito bem para Bagi, que se via perdida e sem rumo quando as investigações que iniciara passaram a ser impossíveis de se resolver, o prefeito, que foi quem a contratou, nunca a culpava por suas falhas em resolver os casos do local, parecia sempre compreensivo e surpreso “pelo quão longe ela havia chegado”, mesmo assim isso não era o suficiente para a mente barulhenta que queria todas as respostas, e não só pequenos fragmentos unidos a teorias.