Sinto que eu sumi, fugi, me perdi mas vivi e me renovei, me superei e me surpreendi. Eu não pude fazer mais nada a não ser viver a minha própria vida com intensidade e cansaso, mas focando em momentos trágicos e cômicos. Ninguém foi me procurar pra saber como eu estava, mas eu me juntei aos que me procuravam, que ansiavam por algo mais real e um futuro tão nítido quanto o passado turvo no qual estivemos embolados. Percebi que não só me perdi de onde vim, mas também me perdi das minhas morais fúteis e ludibriosas que me acorrentavam na torre da qual eu não me permitia sair. Agora, com a consciência livre e limpa, como a minha saída da caverna e mergulho no mar profundo me sinto tão perto da terra que julgamos como prometida: a felicidade. Tão clandestina quanto um caso e tão cega que nos faz perder o resto do foco bem como o que está acontecendo, é um exemplo de como os primatas "racionais" são fúteis. A liberdade é o caminho para a felicidade, uma sendo a condenação e a outra, aspiração.