O desejo de infância de criar jogos me apresentou o RPG e suas inúmeras possibilidades. Por ele aprendi a criar meus próprios universos, heróis e antagonistas. Sem ele nunca teria descoberto os universos, romances, aventuras, e horrores sobrenaturais que se escondem atrás da capa de cada livro. Foi através dele que percebi como eu tinha sede de conhecimento, fui atrás da fonte que cessaria essa sede mas acabei aumentando ainda mais o tamanho do copo. Lovecraft, Poe, Douglas Adams e outros mais alimentam minha criatividade com seu jeito único de nos fazerem viver suas histórias. Hoje o  RPG é como minha fonte de inspiração e criatividade. Criar aventuras de RPG é como escrever um livro sem um protagonista pra se aventurar entre as páginas, nunca sabe o caminho que irá trilhar antes que ele venha a existir, você cria uma bifurcação na estrada e ele decide tomar um caminho não cartografado floresta adentro, cada ramificação produz uma história diferente e cada personagem encontra seu próprio caminho nesta caótica estrada no momento em que dão o primeiro passo nas mãos de um jogador. Meus heróis feitos na ponta do lápis com a ajuda de dados coloridos e multifacetados me acompanham em minhas próprias aventuras diante de um editor de texto. O Mestre em mim criou o contador de histórias que deve seguir o mesmo caminho ao seu lado para que existam em harmonia.