A normalidade e a realidade são como drogas: viciam-nos, prendem-nos, não nos deixam escapar. Só pessoas fora do normal conseguem sonhar e fazer sonhar os outros. Para isso, existem os escritores.
Acho que a maneira mais eficaz para não morrer de tédio é ler. Mas ler é muito complicado, não é? Quer dizer:
Sem o Universo não existiriam estrelas, onde não existiriam galáxias, onde não existiriam sistemas, onde não existiriam planetas, onde não haveria água, onde não existiriam bactérias. Logo, não existiria vida. Sem vida, não existiriam humanos e, sem humanos, ideias. Logo, não existiriam livros, porque livros são feitos de ideias que vieram de humanos que descendem de bactérias que apareceram na água de um planeta que fazia parte de um sistema, que fazia parte de um aglomerado de sistemas, que tinha por companhia as estrelas.
Ou seja, um livro é um universo.
Provavelmente é por isso que se lê pouco. Porque nem toda a gente tem o poder de entender o universo como nós, leitores e também escritores, fazemos. Mas isto é, claro, a minha opinião.
Então, todo o leitor é escritor? Sim, agora cada um é que tem de decidir se compartilha os seus Universos com o mundo. Mas podemos fazê-lo crescer? Podemos nós crescer com todos estes Universos juntos?
Não sei. Mas uma coisa é certa:
"A imaginação é a única arma na guerra contra a realidade."
Cheshire, aquele gato sorridente de "Alice in Wonderland."
- Live a life with no regrets.
PS. I'm not crazy, my reality is just different from yours.
- Wonderland, along with Alice
- EntrouJune 23, 2015
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