Gostaria de falar um pouco sobre minha fanfic Dottolone, “Zydrate Gun”. Sim, ela é um omegaverse, e sim, tem uma quantidade significante de p#t4ria, mas no fim, esse não é o principal foco da história.
Apesar de ser uma fanfic, tento me manter o mais próximo possível do que foi apresentado no canon (o que não é muita coisa, mas procuro preencher as lacunas com headcanons que façam sentido), e minha visão do Dottore e do Pantalone é a de duas pessoas quebradas de forma semelhante.
Por toda vida, Dottore foi rejeitado. Seja por sua aparência única, ou por suas estranhezas e, principalmente, por seu subgênero ômega. Com o tempo, ele soterrou o sentimento de rejeição sob uma grossa camada de estoicismo, que é acompanhada por muita desconfiança e descrença toda vez que alguém tenta se aproximar e conquistar seu afeto. Após tantos séculos sendo referido como louco e um monstro, Dottore simplesmente aceitou estes termos como verdade, então é melhor manter-se afastado de todos - para o bem deles e seu próprio.
Por outro lado, Pantalone também se sente rejeitado, principalmente pelos deuses (sobretudo Rex Lapis), mas o que ele realmente teme é a solidão. Por muito tempo ele não teve nada, nem mesmo companhia, então, quando a oportunidade de ter algo aparece, ele se agarra a ela com um fervor obsessivo. Pantalone também passou por situações terríveis em seu passado (os quais ainda não foram mencionados na história, mas vão aparecer nos próximos capítulos), o que fragilizou sua confiança nas pessoas.
O apego quase paterno que Pantalone desenvolve por Phi tem a ver tanto com sua obsessão por Dottore, quanto por um trauma em seu passado, do qual, de maneira inconsciente, ele tenta se redimir (vou explicar isso melhor nos próximos capítulos também).
Pois bem… É isso. Espero que para vocês que estão acompanhando essa história, alguns detalhes tenham se tornado mais claros.