Em 1992 nascia mais uma criança comum de uma familia comum. 

Calada no mundo real e falante no seu pequeno mundo mental cresceu aquela garotinha sem dar muito trabalho para os pais. Amava ler. Resolveu escrever um livro e entregar para sua professora de português corrigir seus erros de concordância e gramática que uma criança de quinta série costuma cometer, mas a professora rabiscou o livro todo e encheu as páginas de duras críticas que fez a garotinha esquecer seu desejo em se tornar escritora.

Aos desessete anos ela resolveu se casar, aliás ela decidiu que iria se casar com ele desde o primeiro dia de namoro três anos antes. O amor de sua vida se chamava Paulo Silas, dono de um sorriso encantador e cabelos negros(ele insiste em dizer que são castanhos).

De calada ela passou a ser muito falante até que o marido dela não aguentou mais e começou a disputar quem falava mais quando se viam. Um emaranhado de amores e discussões fez o casalzinho se amar e se odiar cada vez mais, graças a Deus o amor venceu!

Desse amor foi gerado três filhas. Quando essas meninas cresceram pediam muitas histórias para dormir e deixavam Aline com os olhos cansados de tanto ler. Até que ela teve um ideia: inventar histórias para que as pequenas dormissem logo e não precisasse ler várias vezes a mesma história.

Infelizmente elas gostaram tanto que a fez contar a mesma história centenas de vezes. Aline resolveu então colocar no papel essas pequenas histórias e desenterrou seu amor pela escrita.

Pegou seu livro escrito em lápis num caderno de folhas amarelas e já sem capa e o reescreveu. Nasceu seu primeiro livro: Um amor e um destino. Ela descobriu que amava escrever e que tentaria nunca mais parar de escrever seus livros para jovens e crianças.

Nasceu Aline Bortoloto, uma mulher comum, de uma familia comum educando outra familia comum e tentando encantar pessoas comuns com histórias emocionates.