Uma das lembranças mais doces da minha infância é de minha mãe sentada em uma poltrona de estofado vermelho, perguntando qual história bíblica eu queria ouvir naquele dia. Seus contos — de narração doce e firme, adornada por um sorriso perolado — eram melhores do que assistir desenhos na televisão. Foi assim que conheci a integridade de Daniel, a valentia de Davi e a força de Sansão. Eram meus heróis preferidos e eu queria saber tudo sobre eles. 
 
Mas sempre que eu estudava sobre as histórias bíblicas, imaginava sobre fatos fora da narrativa. Minha mãe não tinha todas as respostas, mas qual que as tem? Então, eu idealizava uma série de respostas com teoria particulares e até fazia desenhos sobre o que imaginava. Mamãe achava graça de alguns, mas não demorava a trazer-me de volta à realidade. 
 
Certa vez, depois de mais uma pergunta sem resposta, mamãe me apresentou uma nova opção. Disse que eu teria todas as respostas com Deus no Céu.  

"Vocês vão se sentar e terão uma longa conversa. Ele irá lhe contar sobre tudo o que quiser. Não será maravilhoso?" Confesso que não fiquei com pressa de ter essa conversa com Deus, mas com o tempo aprendi que poderia me preparar para tirar minhas dúvidas com Ele algum dia. Afinal de contas, para mim, esse encontro pessoal acontecerá.
 
Quanto mais procuro conhecer sobre Deus, mais vejo que nem sempre terei todas as respostas de imediato. No entanto, entendi que posso fazer as perguntas que quiser. E foi imaginando algumas respostas desse questionário interior que nasceu esta obra. 
 
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