Desabafo - parte 1*
São exatamente 6:09 da manhã, não dormi, tenho medo de ter pesadelos (algo recorrente), e me peguei pensando em várias reflexões que eu tive desde que comecei a escrever Blue…
Comecei a me questionar como criei tais personagens, no que eu me inspirei para ter criado círculos familiares e amizades sendo que eu nem sabia que eles eram decorrentes de fatos na minha vida. Sejam eles realísticos ou como eu sonhei que tivesse sido comigo.
Todos os personagens tem um pouco de mim neles, qualquer traço de personalidade ínfima, e eu posso dizer que… o Mew é o que mais parece comigo em toda a história.
Eu analisei isso recentemente quando me perguntaram como eu conseguia criar e dar forma ao personagem, como eu consegui dar várias personalidades diferentes. E a resposta é simples: eu escrevia (principalmente os capítulos do Mew) os meus sentimentos sem perceber. Cada crise do Mew, cada sentimento de ansiedade do Gulf foram coisas que saíram de dentro de mim e se formaram em palavras sem que eu percebesse.
Também percebi que a criação e a família do Mew é algo que clareou a mente para várias coisas. Depois de dias analisando, sentindo e enfim percebendo eu soube que eu criei todo aquele círculo amoroso e com educação positiva baseada nos meus desejos infantis e como eu queria ter sido criada, como eu queria que meus pais tivessem aquela relação comigo (não pensem errado, amo os meus pais e sou grata a TUDO o que me deram, mesmo sendo separados). Entretanto, a família do Gulf já é um retrato de uma família que é recorrente no cenário atual, então >ela< em si eu sabia que seria assim que iria montá-la, ao contrário da família Suppasit, que é totalmente tirada dos meus sentimentos.