batygeo

passei de ano, meu cabelo ficou mais do que baladeiro e dezembro é só beber, sair, sair, beber e fumar

batygeo

eu não sei porque eu ainda tenho esperança de achar, mas nunca se esqueçam de que se a vida está boa, ela pode ficar ruim e o ruim sempre pode piorar. 
          
          eu experimentei e estou experimentando meu karma, ou esse fato da vida nesses últimos dias, não é bom, mas eu vou tentar continuar. 
          
          tentar continuar repetindo todos os dias que eu quero meu celular de volta, aonde quer que ele esteja. 

batygeo

eu poderia ter entregado os livros no sábado, ido pro meu curso e ter saído com minhas amigas e eu ainda teria meu celular comigo. 
          
          eu poderia ter ido dormir cedo na segunda para acordar cedo e entregar os livros e eu ainda teria meu celular. 
          
          eu poderia ter enfiado meu celular na mochila, fechado o zíper, e eu ainda teria meu celular, mas não, eu não tenho mais meu celular. 
          
          o mais provável agora que eu posso imaginar é que ele está desligado, pois o localizador não acha ele e que ou alguém está com ele e desligou meu celular para pegar as peças e vender, se é que já não fez isso, ou pode estar quebrado em algum ônibus por são paulo. 
          
          eu nunca vou saber, eu nunca vou achar, eu nunca vou esquecer esses dias. 
          
          eu não tenho mais meu celular. 
          
          eu fiz um b.o, eu fui até a garagem dos ônibus mesmo sabendo que provavelmente o ônibus já estava andando de novo, eu peguei o número dos achados e perdidos dos ônibus, eu gastei passagem, eu fiquei doente, minha tatuagem se desfez, meu piercing infeccionou, e eu me sinto uma merda, porque nada disso importa tanto quanto o fato de que a única culpada do meu celular ter sido perdido, é minha. 

batygeo

eu perdi meu redmi note 13 no dia 28 de outubro de 2025 e o último horário dele registrado que eu tenho é às 12:47.
          
          provavelmente pedi ele no ônibus em que peguei para ir do são joão para casa (434), eu entrei no ônibus, estava com o celular na mão, devo ter colocado no bolso para pegar o cartão do ônibus dentro da blusa, quando passei não tinha lugar e fui pro fundo esperar aparecer algo, uma senhora na frente se levantou e eu logo fui me sentar, no momento que me sentei foi o momento que percebi que algo faltava comigo; procurei dentro da bolsa e dentro dos bolsos e tudo que pensei foi em sair do ônibus, a porta ainda estava aberta da última parada e o ônibus parado, então eu desci... desci e percebi que o celular poderia simplesmente ter caído no chão do ônibus. 
          
          quando o próximo ônibus passou, meu cartão tinha dado duas horas, eu estava com dor de cólica e sem meu celular, sem conseguir ligar pra ninguém, realmente o momento mais solitário, agoniante, estranho e deprimente da minha vida, porque ele foi todo praticamente causado por mim.