A formação do território brasileiro ao longo dos séculos XVI ao XX foi marcada por uma série de eventos e processos que moldaram a configuração geográfica do país. No século XVI, a colonização portuguesa iniciou-se com a chegada de exploradores como Pedro Álvares Cabral, seguida pela exploração do litoral e interior do país em busca de recursos naturais, principalmente o pau-brasil. Durante esse período, foram estabelecidos os primeiros núcleos de povoamento, como as capitanias hereditárias.
No século XVII, a economia baseada na exploração do açúcar se expandiu, levando à intensificação do uso de mão de obra escrava africana e à consolidação das estruturas coloniais. O Tratado de Tordesilhas (1494) definiu as fronteiras coloniais entre Portugal e Espanha na América, influenciando a expansão territorial brasileira.
No século XVIII, o ciclo do ouro promoveu a ocupação do interior do Brasil, especialmente em Minas Gerais e Goiás, resultando na formação de novos núcleos urbanos e na diversificação econômica.
No século XIX, com a transferência da corte portuguesa para o Brasil em 1808, o país se tornou sede do Império Português, e ocorreu um processo de abertura dos portos e desenvolvimento econômico. Em 1822, a independência do Brasil foi proclamada, consolidando sua soberania como nação.
Durante o século XIX, também ocorreu a Guerra do Paraguai (1864-1870), que resultou em ganhos territoriais para o Brasil. A abolição da escravatura em 1888 e a proclamação da República em 1889 marcaram transformações sociais e políticas no país.
No século XX, o Brasil passou por um intenso processo de industrialização e urbanização, acompanhado por políticas de desenvolvimento regional e migração interna. O país também enfrentou ditaduras militares, especialmente entre 1964 e 1985, que tiveram impactos na governança e nos direitos humanos. No final do século XX e início do século XXI, o Brasil consolidou sua posição como uma das principais economias emergentes do mundo.